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Ex-presidente do Peru será investigado por concessão a Odebrecht

García, que governou o Peru entre 1985 e 1990 e de 2006 a 2011, manifestou nesta sexta-feira no Twitter sua disposição de colaborar com a Justiça

Alan García: "Como já assinalei: Se o procurador acredita ser conveniente, saúdo toda investigação e comparecerei à convocação para colaborar" (Ho/AFP)

Alan García: "Como já assinalei: Se o procurador acredita ser conveniente, saúdo toda investigação e comparecerei à convocação para colaborar" (Ho/AFP)

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EFE

Publicado em 31 de março de 2017 às 17h37.

Lima - O ex-presidente do Peru, Alan García, será investigado por irregularidades na concessão da linha 1 do metrô de Lima à construtora brasileira Odebrecht, informaram fontes do Ministério Publico.

Uma fonte do Ministério Público afirmou ao jornal "Perú21." que a decisão foi tomada pelo procurador Hamilton Castro, que dirige uma equipe especial de procuradores que investiga os subornos que a Odebrecht pagou no Peru entre 2004 e 2015.

Após a divulgação desta informação, García, que governou o Peru entre 1985 e 1990 e de 2006 a 2011, manifestou nesta sexta-feira em sua conta no Twitter sua disposição de colaborar com a Justiça.

"Como já assinalei: Se o procurador acredita ser conveniente, saúdo toda investigação e comparecerei à convocação para colaborar", afirmou.

Segundo a fonte citada pelo jornal, o líder do Partido Aprista Peruano (PAP) será investigado por supostos delitos contra a administração pública na modalidade de tráfico de influência.

A procuradoria declarou que no último mês de janeiro a Odebrecht tinha entregado em 2008, durante o segundo governo de García, mais de US$ 8 milhões em subornos para ganhar a adjudicação dos trechos 1 e 2 da linha 1 do metrô de Lima.

A investigação mostrou que o pagamento aconteceu depois que o ex-vice-ministro de Comunicações Jorge Cuba, atualmente na prisão, ofereceu sua "ajuda" para que a construtora ganhasse as licitações.

Nesta suposta recepção de subornos também se envolveu o ex-presidente do Comitê de Licitação do Metrô, Edwin Luyo, que está preso junto com Cuba no presídio de Ancón, no norte de Lima.

No último dia 6 de março, a procuradora Katherine Ampuero solicitou a Castro que incorporasse García entre os investigados, junto com o ex-ministro de Transportes e Comunicações, Enrique Cornejo, e o ex-diretor executivo da Autoridade Autônoma do Trem Elétrico, Oswaldo Plasencia.

Quando este pedido foi divulgado, García também afirmou no Twitter que se colocava à disposição das investigações das autoridades.

A Odebrecht é investigada no Peru após ter admitido perante a Justiça dos Estados Unidos que pagou US$ 29 milhões entre 2005 e 2014 para garantir obras públicas, em um período que compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

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