Humala: e esposa foram presos pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro e associação ilícita para delinquir (Mariana Bazo/Reuters)
EFE
Publicado em 14 de julho de 2017 às 06h16.
Lima - O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua esposa, Nadine Heredia, entraram na noite de quinta-feira na cadeia do Palácio de Justiça, em cumprimento ao mandado de prisão preventiva de 18 meses, emitido pelo juiz Richard Concepción Carhuancho.
O casal chegou em uma caminhonete da polícia, após se apresentar no Tribunal Penal Nacional, onde o juiz aprovou o pedido da promotoria que investiga Humala e Heredia pelos supostos crimes de lavagem de dinheiro e associação ilícita para delinquir.
Ambos vestiam coletes à prova de bala e foram conduzidos até a cadeia, onde aguardam serem encaminhados para o presídio onde cumprirão suas penas.
O advogado de Humala, Wilfredo Pedraza, disse aos jornalistas que "neste momento a nossa prioridade é a garantia da segurança das duas pessoas nas duas prisões e do seu filho" Samin, de 6 anos, que ficou sozinho em casa.
Pedraza pediu "medidas razoáveis" ao Executivo para que a criança não fique exposta a alguma circunstância de perigo, diante da retirada da custódia policial na casa do ex-presidente.
Já as duas filhas maiores de Humala, de 15 e 13 anos, estão em uma viagem de estudos nos Estados Unidos e devem retornar ao Peru no final do mês.
O advogado acrescentou que o centro de detenção de Humala e Heredia "precisa ser um local onde não fiquem expostos e, como corresponde ao Executivo, garantir a segurança do casal".
Enquanto isso, seu colega Julio César Espinoza estimou que em 20 dias poderão ter uma resolução do recurso de apelação apresentado nesta quinta, contra o mandado de prisão preventiva e confiou em que "um tribunal vai concluir que esta resolução é questionável".