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Ex-premiê paquistanês recorre contra sua destituição

Saída de Nawaz Sharif foi determinada em julho pelo Tribunal Supremo e provocou a queda de seu governo em consequência do escândalo "Panama Papers"

Nawaz Sharif: Tribunal Supremo ordenou a abertura de uma investigação criminal contra Sharif e alguns de seus filhos (Foto/Getty Images)

Nawaz Sharif: Tribunal Supremo ordenou a abertura de uma investigação criminal contra Sharif e alguns de seus filhos (Foto/Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de agosto de 2017 às 09h44.

O ex-primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif apresentou um recurso contra a sua destituição, determinada no fim de julho pelo Tribunal Supremo e que provocou a queda de seu governo em consequência do escândalo 'Panama Papers'.

O Tribunal Supremo destituiu em 28 de julho Sharif do cargo de deputado, alegando que ele não atuou como um "membro honrado do Parlamento" ao não declarar o salário recebido de uma empresa que um de seus filhos possui nos Emirados Árabes Unidos.

Sharif "solicita uma nova análise da sentença", de acordo com o texto do recurso apresentado na terça-feira à noite.

A decisão do Supremo privou Sharif "de seu direito a que o caso seja solucionado durante um julgamento regular e a impugnar a sentença", argumenta o recurso. O texto da apelação afirma ainda que o veredicto contém "erros".

O Tribunal Supremo ordenou a abertura de uma investigação criminal contra Sharif e alguns de seus filhos, suspeitos de ocultar a verdade sobre as empresas e imóveis que possuem por meio de empresas radicadas em paraísos fiscais.

Sharif, que foi substituído por seu ex-ministro do Petróleo Shahid Khaqan Abbasi à frente do governo, tenta mobilizar os seus partidários com vários discursos que criticam o veredicto do tribunal.

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