A líder opositora ucraniana Yulia Timoshenko: Timoshenko diz que espera que "da maldita Rússia não reste nem um campo queimado", de acordo com gravações (Bulent Kilic/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 13h33.
Kiev - A ex-primeira-ministra ucraniana Yulia Timoshenko denunciou nesta terça-feira a divulgação na internet do conteúdo de uma conversa telefônica gravada ilegalmente, na qual ela fala dos russos de forma violenta.
Timoshenko também denunciou no Twitter que os serviços secretos russos (FSB) manipularam a gravação da conversa que teve com o deputado Nestor Shufrich.
Segundo a gravação, Timoshenko diz em certo momento, ao que parece se referindo ao presidente russo, Vladimir Putin: "Eu mesma estaria disposta a pegar uma metralhadora e disparar contra este bastardo na testa!".
Na gravação, quando Shufrich pergunta a ela o que fazer com os oito milhões de russos que vivem na Ucrânia, pode-se ouvir Timoshenko dizer que os "malditos" russos deveriam ser "destruídos por armas nucleares".
Timoshenko admitiu em sua conta no Twitter que a conversa com Shufrich ocorreu, mas denunciou que a menção aos russos era uma montagem.
"Na realidade disse que os russos na Ucrânia são ucranianos. Olá FSB", afirmou em um tuíte, se referindo aos serviços secretos russos, que ela acredita que estejam por trás da gravação da conversa telefônica.
"Desculpem os palavrões", acrescentou.
Em outra parte da conversa, cuja autenticidade a ex-primeira-ministra não desmentiu, Timoshenko diz que espera que "da maldita Rússia não reste nem um campo queimado".