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Ex-premiê de Portugal rejeita acusações de corrupção

Ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, preso na semana passada sob acusações de corrupção e fraude fiscal

José Sócrates: prisão foi a primeira envolvendo um ex-primeiro-ministro de Portugal em período democrático e seguiu outros grandes casos neste ano (Hugo Correia/Reuters)

José Sócrates: prisão foi a primeira envolvendo um ex-primeiro-ministro de Portugal em período democrático e seguiu outros grandes casos neste ano (Hugo Correia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 10h12.

Lisboa - O ex-primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, preso na semana passada sob acusações de corrupção e fraude fiscal, disse nesta quinta-feira que as acusações contra ele não tinham fundamentos e que sua prisão foi uma “humilhação gratuita”. 

A prisão de Sócrates na semana passada abalou Portugal. Alguns analistas dizem que as acusações podem prejudicar as esperanças de seu partido Socialista, de oposição, atualmente à frente nas pesquisas de opinião, de vencer as eleições parlamentares no ano que vem. 

Sua prisão foi a primeira envolvendo um ex-primeiro-ministro de Portugal em período democrático e seguiu outros grandes casos neste ano, à medida que procuradores e juízes intensificam a luta contra corrupção em um país conhecido por seu lento sistema judiciário. 

Em um carta enviada ao jornal Público e à rádio TSF por meio de seu advogado, Sócrates escreveu: “Em minha legítima defesa, eu vou refutar as mentiras contadas e fazer com que aqueles que as iniciaram respondam por isso”, através do Judiciário. 

“Minha prisão e meu interrogatório foram um abuso... as acusações contra mim são absurdas, injustas e sem fundamentos, a decisão de me colocar em custódio preventiva é injustificada e representa uma grande humilhação”, escreveu. 

Seu advogado disse que ele entrará com uma apelação. Após um interrogatório de três dias, Sócrates foi acusado, na segunda-feira, de corrupção, fraude fiscal e lavagem de dinheiro.  A condenação por corrupção pode chegar a até oito anos de cadeia. 

Sócrates comandou Portugal entre 2005 e 2011.

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