O ex-prefeito de NY, Michael Bloomberg: movimento do magnata sinaliza intenção de concorrer à Pesidência dos EUA em 2020 (Shannon Stapleton/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 10 de outubro de 2018 às 08h48.
Última atualização em 10 de outubro de 2018 às 10h15.
São Paulo – O ex-prefeito de Nova York (Estados Unidos) e empresário Michael Bloomberg anunciou na manhã desta quarta-feira, 10 de outubro, o retorno ao Partido Democrata.
Em 2007, o ex-prefeito de Nova York abandonou o Partido Republicano e se declarava independente desde então. Nos últimos anos, no entanto, já havia falado publicamente sobre a possibilidade de concorrer à presidência pelo Partido Democrata. E o movimento anunciado na manhã de hoje sinaliza que isso poderá ocorrer no pleito de 2020.
“Em momentos-chave da história dos Estados Unidos, um dos dois partidos agiu como bastião contra aqueles que ameaçaram nossa Constituição. Dois anos atrás, na Convenção Democrata, eu alertei para essas ameaças. Hoje, eu me registrei novamente como um Democrata – algo que fui por grande parte da minha vida – por crer que precisamos dos Democratas para trazer os freios e contrapesos que nossa nação tão desesperadamente precisa”, escreveu Bloomberg em um post na rede social Instagram.
Visualizar esta foto no Instagram.Uma publicação compartilhada por Mike Bloomberg (@mikebloomberg) em
Em 2016, o empresário fundador da empresa de comunicação que leva seu nome chegou a considerar a possibilidade de concorrer à Presidência, mas acabou apoiando a ex-secretária de Estado do então presidente Barack Obama, Hillary Clinton.
Dois anos depois, em 2018, anunciou a doação de 80 milhões de dólares ao Partido Democrata com a intenção de ajudar a eleger candidatos democratas para a Câmara dos Representantes dos EUA (espécie de Câmara dos Deputados, na comparação com o sistema brasileiro) nas eleições legislativas que acontecem em novembro.
Contudo, após as polêmicas em torno da nomeação de Brett Kavanaugh, indicado à Suprema Corte do país pelo atual presidente, Donald Trump, e acusado de assédio sexual, Bloomberg disse que doaria mais 20 milhões para ajudar os democratas que concorrem ao Senado.
Bloomberg foi prefeito de Nova York entre os anos de 2001 e 2005 como membro do Partido Republicano. Em 2009, como independente, ganhou mais um mandato na liderança da cidade.