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Ex-piloto ucraniana funda movimento político de oposição

O Movimento pelo Povo Ativo da Ucrânia (RUNA) visa se converter em um partido de oposição ao governo pró-europeu

A ex-piloto militar ucraniana Nadia Savchenko, convertida em deputada em seu país depois de ter permanecido prisioneira por dois anos na Rússia (Vasily Maximov/AFP)

A ex-piloto militar ucraniana Nadia Savchenko, convertida em deputada em seu país depois de ter permanecido prisioneira por dois anos na Rússia (Vasily Maximov/AFP)

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AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2016 às 14h20.

Última atualização em 27 de dezembro de 2016 às 14h38.

A ex-piloto militar ucraniana Nadia Savchenko, convertida em deputada em seu país depois de ter permanecido prisioneira por dois anos na Rússia, lançou nesta terça-feira seu próprio movimento político opositor ao presidente Petro Poroshenko.

"Está destinado a reformar o povo ucraniano e mudar o sistema, a criar uma verdadeira mudança", declarou Savchenko aos meios de comunicação locais.

Seu Movimento pelo Povo Ativo da Ucrânia (RUNA) tem por objetivo se converter completamente em um partido de oposição ao governo pró-europeu atualmente no poder em Kiev, cada vez mais criticado por seu fracasso na luta contra a corrupção.

A ex-piloto de helicópteros, que cumpria uma pena de 22 anos de prisão na Rússia por ter fornecido ao exército ucraniano a posição de dois jornalistas da televisão russa abatidos com um morteiro em junho de 2014, acusação que ela sempre negou, foi trocada por dois prisioneiros russos em maio e pôde retornar a Kiev, onde foi recebida como uma heroína.

A atual deputada ucraniana manteve encontros no início de dezembro com dirigentes das duas repúblicas separatistas autoproclamadas de Donetsk e Lugansk.

Isso provocou grande controvérsia na Ucrânia, enquanto Kiev não reconhece a legitimidade de seus dirigentes e não autorizou este deslocamento da deputada.

No entanto, graças à mediação de Savchenko, nesta terça-feira foram libertadas pelos rebeldes separatistas pró-russos uma juíza e uma jornalista ucraniana que eles mantinham prisioneiras. A duração da detenção e suas circunstâncias não foram informadas.

Desde seu início, em abril de 2014, o conflito no leste da Ucrânia deixou 9.600 mortos.

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