McDougal é a segunda mulher que recorre à Justiça para anular um acordo de confidencialidade (Leah Millis/Reuters)
AFP
Publicado em 21 de março de 2018 às 09h53.
A batalha judicial entre Donald Trump e várias de suas supostas ex-amantes teve mais um capítulo nesta terça-feira, com uma nova denúncia, desta vez de uma ex-modelo da revista Playboy, Karen McDougal, que recorreu a um tribunal de Los Angeles para invalidar um acordo de confidencialidade.
McDougal afirma no processo que recebeu 150 mil dólares em troca de seu silêncio, e que a metade deste valor ficou com seu advogado, que estava em conluio com os representantes de Trump.
A ex-modelo declara que desde que a imprensa revelou sua relação com Trump tem sido alvo de pressões e ameaças para não falar com os meios de comunicação, enquanto a equipe legal do agora presidente não para de divulgar informações para denegrir sua imagem e desacreditá-la.
O caso de McDougal é semelhante ao de Stormy Daniels, a atriz pornô que afirma ter mantido uma relação sexual com Trump entre 2006 e 2007, e que também recorreu à Justiça para anular um acordo de confidencialidade.
Se os acordos com McDougal, Daniels e outras mulheres que afirmam ter recebido dinheiro em troca do silêncio forem considerados como tentativas de influenciar as eleições de novembro de 2016, Trump poderá ser acusado de violação da lei eleitoral.
Em outra frente, uma juíza de Nova York acatou nesta terça-feira uma ação de difamação apresentada por Summer Zervos, ex-candidata do programa "O Aprendiz", contra Donald Trump.
Zervos afirmou em outubro de 2016 que Trump a tocou e tentou beijá-la à força em 2007, e a equipe de campanha do então candidato republicano publicou o testemunho de um primo da mulher afirmando que ela pretendia ficar famosa as custas do magnata.
Summer Zervos respondeu em janeiro de 2017 denunciando Trump à Suprema Corte do Estado de Nova York por "declarações mentirosas e difamatórias".