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Ex-ministro britânico Jack Straw sustenta que euro morrerá

O ex-líder da pasta de Relações Exteriores sugeriu ainda acelerar esse processo para evitar uma "morte lenta" da moeda

As afirmações foram feitas durante um debate parlamentar para tratar do próximo resgate à Grécia, país que está à beira da falência financeira (Pedro Armestre/AFP)

As afirmações foram feitas durante um debate parlamentar para tratar do próximo resgate à Grécia, país que está à beira da falência financeira (Pedro Armestre/AFP)

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Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2011 às 14h36.

Londres - O ex-ministro de Relações Exteriores britânico Jack Straw declarou nesta segunda-feira no Parlamento que, após a crise financeira na Grécia e de outros países, o euro chegará ao fim e sugere acelerar esse processo para evitar uma "morte lenta".

O político trabalhista, responsável pelo Foreign Office entre 2001 e 2006, pediu ao Executivo de coalizão conservador-liberal britânico que deixe de "refugiar-se em uma linguagem displicente" e reconheça claramente que "esta zona do euro não pode perdurar".

Diante desse panorama, afirmou, o Governo do Reino Unido "tem a responsabilidade de ser aberto com os britânicos quanto às alternativas".

"E, dado que o euro, em sua forma atual, vai morrer, talvez fosse melhor que isto ocorresse rápido ao invés de esperar por uma morte lenta", sentenciou.

Straw fez as afirmações durante um debate parlamentar para tratar do próximo resgate à Grécia, país que está à beira da falência financeira.

Muitos deputados britânicos conservadores e trabalhistas afirmaram que a União Europeia deveria permitir à Grécia abandonar sem demora e de forma ordenada a zona do euro.

No entanto, o secretário de Estado do Tesouro, o conservador Mark Hoban, declarou que a prioridade é que a Grécia coloque "sua economia em ordem", para o que seria necessário um resgate, devido à impossibilidade do país de obter créditos nos mercados financeiros.

Embora tenha ressaltado que seria de interesse do Reino Unido "assegurar que continue a estabilidade na eurozona", insistiu em que este país não participará de forma "direta" de um resgate à Grécia, embora talvez tenha de fazê-lo indiretamente por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Hoban tranquilizou os deputados ao afirmar que os bancos britânicos tinham pouca exposição na Grécia, em torno de US$ 4 bilhões, menos do que a França e a Alemanha.

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