As 13 pessoas estão presas na caverna desde o dia 23 dejunho (Panumas Sanguanwong/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 6 de julho de 2018 às 14h46.
Bangcoc - Vestindo uma camisa polo cinza e óculos escuros, Samarn Kunan, de 38 anos, fez um vídeo antes de embarcar em um voo no dia 1º de julho para se juntar a equipes tailandesas e internacionais e auxiliar na busca de 12 meninos e seu treinador de futebol, presos dentro de uma caverna inundada há 13 dias - completados nesta sexta-feira, 6.
"Vejo vocês hoje à noite em Tham Luang", disse Samarn, otimista, antes de terminar o vídeo e partir para a província de Chiang Rai, na fronteira com o Mianmar. Menos de uma semana depois, Samarn, ex-membro da unidade SEAL da Marinha tailandesa, morreria na caverna de Tham Luang, onde o grupo de 13 pessoas está desde o dia 23 de junho.
Samarn morreu no início desta sexta-feira, no horário local, depois de entrar na caverna com outro voluntário para colocar tanques de oxigênio ao longo do trajeto que deve ser utilizado pelos meninos caso o resgate seja feito por meio de mergulho. Quando voltava do trajeto, Samarn ficou inconsciente e os esforços de seu colega para ressuscitá-lo não produziram resultado, informou a unidade SEAL.
A unidade prestou uma homenagem ao antigo integrante. "Ele era um atleta. Amava esportes de aventura. Não importa a qual atividade a equipe se juntasse, Samarn participava até o fim de sua vida", disse o grupo, por meio de um comunicado.
Samarn havia deixado a unidade em 2006 para trabalhar no resgate de emergência do principal aeroporto de Suvarnabhumi, em Bangcoc. Em sua conta no Instagram, ele mostrava ser um ciclista ávido e postou várias fotos praticando mountain bike. Na quarta-feira, 4, publicou fotos dos trabalhos de resgate dentro e fora da caverna de Tham Luang.
Um porta-voz da Marinha tailandesa, o contra-almirante Chetta Jaipiem, disse que a Marinha buscará permissão especial para promover Samarn, que deixou a unidade como oficial de primeira classe.