Mundo

Ex-magnata da imprensa Conrad Black é deportado ao Canadá

O ex-magnata foi declarado culpado do desvio de 6,1 milhões de dólares fruto da venda de seus jornais

O ex-magnata, que em seus dias de glória andava com políticos e estrelas pop, cumpriu dois anos e meio na prisão (©AFP/Getty Images / Brian Kersey)

O ex-magnata, que em seus dias de glória andava com políticos e estrelas pop, cumpriu dois anos e meio na prisão (©AFP/Getty Images / Brian Kersey)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2012 às 18h09.

Miami - O ex-magnata da imprensa de origem canadense Conrad Black foi libertado na Flórida e deportado ao Canadá depois de cerca de três anos na prisão por fraude contra investidores e obstrução da Justiça nos Estados Unidos, informaram fontes da imigração à AFP.

Um porta-voz do Escritório Federal de Prisões confirmou à AFP que Black, que dirigiu um dos maiores impérios de imprensa do mundo, foi liberado na sexta-feira de manhã de uma prisão federal da Flórida (sudeste dos Estados Unidos).

Mas poucas horas depois foi entregue às autoridades migratórias em Miami, que o deportaram para o Canadá, sem dizer exatamente a que lugar se dirigiu.

"No dia de hoje o Escritório de Imigração e Alfândega (ICE) tornou efetivo o retorno do senhor Conrad Black de acordo com a ordem final de deportação", disse um comunicado do ICE.

Nascido no Canadá, Black, de 67 anos, renunciou à nacionalidade canadense desde que em 2001 ocupou um assento na Câmara dos Lordes britânica, portanto, a notícia de que o governo do Canadá lhe concedeu esta semana a residência temporária no país para que pudesse retornar causou controvérsia.

O ex-magnata caído em desgraça, que em seus dias de glória apenas se rodeava de políticos proeminentes e estrelas pop, cumpriu dois anos e meio na prisão até 2010 e após uma revisão do caso voltou a ser condenado a 13 meses em uma prisão na Flórida.

Nesta última ocasião, Black foi libertado com antecipação depois de oito meses cumprindo sua sentença por boa conduta e pelo tempo cumprido anteriormente em outra prisão americana.

Apesar de Black ter nacionalidade britânica, o governo canadense lhe concedeu esta semana uma permissão de residência temporária de um ano, que é válida até maio de 2013.

Conrad Black cumpriu pena nos últimos três anos nos Estados Unidos, depois que em 2007 foi acusado de ter desviado, junto a seus sócios, até 60 milhões de dólares entre 1999 e 2001.

O ex-magnata foi declarado culpado do desvio de 6,1 milhões de dólares fruto da venda de seus jornais.

Nos anos 1990, Black liderou o império midiático Hollinger, que compreende entre outros os jornais The Daily Telegraph, The Jerusalem Post, Chicago Sun-Times e National Post de Toronto.

Acompanhe tudo sobre:CrimeMídiaPrisõesServiços

Mais de Mundo

Homem armado com faca é preso ao tentar entrar no gabinete do premiê da Bélgica

Oposição da Venezuela convoca protestos para véspera da posse de Maduro

Diplomação de Donald Trump acontece no Congresso dos EUA nesta segunda

Biden sanciona lei para aumentar benefícios do Seguro Social nos EUA