George Weah: ex-jogador de futebol é eleito presidente da Libéria (Thierry Gouegnon/Reuters)
Gabriela Ruic
Publicado em 27 de dezembro de 2017 às 10h34.
Última atualização em 27 de dezembro de 2017 às 10h45.
São Paulo – Um dos países mais pobres e frágeis do mundo, a Libéria finalmente escolheu o nome que sucederá Ellen Johnson-Sirleaf, a primeira mulher eleita ao posto de chefe de Estado em toda a África. E essa pessoa será o ex-jogador de futebol George Weah.
O anúncio da sua vitória foi feito na manhã desta quarta-feira. Nas redes sociais, agradeceu ao povo da Libéria pela confiança. Ele será o 25º presidente da história do país.
It is with deep emotion that I want to thank you, the Liberian people, for honoring me with your vote today. It is a great hope. #Liberia #Liberia2017
— George Weah (@GeorgeWeahOff) December 26, 2017
A disputa do 2º turno deveria ter acontecido em novembro passado, mas após uma acusação de fraude feita por um dos candidatos que havia ficado em 3º lugar durante o 1º turno, que aconteceu em outubro. Com isso, a votação foi suspensa e remarcada para a última terça-feira e Weah disputou o pleito com Joseph Boaki, vice-presidente de Ellen.
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, elogiou o que chamou de eleição pacífica no país africano e parabenizou Weah pela vitória.
George Weah, ex-astro internacional do PSG e do Milan na década de 1990, e se tornou o favorito por ter recebido mais votos no primeiro turno e por seu bom desempenho em 11 das 15 províncias do país. Sua vice é Jewel Howard-Taylor, ex-mulher do ex-presidente e ex-senhor da guerra Charles Taylor.
Essa, no entanto, não é a primeira vez que Weah tenta a eleição para os cargos mais altos do país: o fez em 2005 como candidato a presidente e em 2011 como aspirante à vice. Desde 2014 é senador pela província de Montserrado, a mais populosa da Libéria.
Weah ganhou a Bola de Ouro em 1995, prêmio que reconhece o melhor jogador do mundo do momento. Criado pela avó em uma das áreas mais pobres da capital da Libéria, Monróvia, o ex-jogador tem o apoio do eleitorado jovem, além de ser da etnia Kru, uma das mais importantes do país.
A base de seu programa é educação, criação de empregos e infraestrutura. Críticos de sua candidatura à presidência alegam que ele vem sendo manipulado por Ellen e que tudo não passa de uma manobra para que ela continue com suas mãos no poder.