Mundo

Ex-espião russo Sergei Skripal recebe alta de hospital no Reino Unido

Depois de dois meses, o ex-coronel da inteligência militar russa deixou o hospital após caso de envenenamento com agente nervoso em Salisbury

Skripal: a filha do ex-espião russo, Yulia Skripal, também já recebeu alta do hospital (Yuri Senatorov/Reuters)

Skripal: a filha do ex-espião russo, Yulia Skripal, também já recebeu alta do hospital (Yuri Senatorov/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 18 de maio de 2018 às 09h19.

Última atualização em 18 de maio de 2018 às 09h25.

Londres - Sergei Skripal, um ex-espião russo que foi envenenado por um agente nervoso no Reino Unido há mais de dois meses, recebeu alta do hospital, informou nesta sexta-feira o serviço de saúde da Inglaterra.

Skripal, de 66 anos, um ex-coronel da inteligência militar russa que entregou dezenas de agentes de Moscou ao Reino Unido, e sua filha Yulia foram encontrados inconscientes em um banco público na cidade de Salisbury, no sul da Inglaterra, em 4 de março.

O Reino Unido acusou a Rússia de estar por trás do ataque com agente nervoso, e governos ocidentais, incluindo os Estados Unidos, expulsaram mais de 100 diplomatas russos. A Rússia nega qualquer envolvimento no envenenamento e expulsou diplomatas ocidentais em resposta.

Os Skripals permaneceram em estado grave por semanas e os médicos, em determinado momento, temiam que, mesmo se sobrevivessem, poderiam ter sofrido danos cerebrais. Mas sua saúde começou a melhorar rapidamente e Yulia recebeu alta no mês passado.

"É uma notícia fantástica que Sergei Skripal está bem o suficiente para deixar o Hospital Distrital de Salisbury", disse Cara Charles-Barks, chefe do hospital, em um comunicado.

A Grã-Bretanha e inspetores internacionais de armas químicas disseram que os Skripals foram envenenados com Novichok, um grupo letal de agentes nervosos desenvolvido pelos militares soviéticos nas décadas de 1970 e 1980.

A Rússia nega as acusações do Reino Unido de envolvimento no primeiro uso ofensivo conhecido de tal agente nervoso em solo europeu desde a Segunda Guerra Mundial. Moscou sugeriu que o próprio Reino Unido realizou o ataque para alimentar uma campanha contra a Rússia.

Acompanhe tudo sobre:EspionagemInglaterraReino UnidoRússia

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde