Coulson já havia sido detido em 2011 por envolvimento no caso das escutas ilegais em celulares de celebridades, dois dias antes da extinção do tabloide "News of the World" (AFP)
Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2012 às 08h19.
Londres - Andy Coulson, ex-chefe de imprensa do primeiro- ministro do Reino Unido, David Cameron, foi posto em liberdade nesta quinta-feira, um dia após ter sido acusado de perjúrio, confirmou a Promotoria britânica.
Uma porta-voz disse que o suspeito, interrogado durante seis horas em uma delegacia de Glasgow (Escócia), é livre para retornar a seu domicílio em Londres.
Coulson, também ex-diretor do tabloide 'News of the World', foi detido na quarta-feira por seu depoimento durante o processo judicial contra o político socialista escocês Tommy Sheridan em dezembro de 2010, quando era chefe de comunicação de Cameron e disse desconhecer a prática de grampos ilegais por parte do jornal.
O jornalista de 44 anos foi levado de Londres, onde foi detido no início da manhã, até a delegacia escocesa de Govan, em Glasgow, onde foi denunciado por perjúrio.
Coulson já foi detido em julho de 2011 por envolvimento no caso das escutas ilegais em celulares de celebridades, dois dias antes da extinção do tabloide 'News of the World' - que fazia parte do império de comunicação do magnata Rupert Murdoch - devido ao escândalo.
Previamente, em janeiro do ano passado, Coulson tinha renunciado a seu cargo de chefe de imprensa de Cameron ao se ver atingido pela investigação das escutas, que levou à detenção de diretores de periódicos, jornalistas, policiais e outras figuras públicas.
A acusação por perjúrio agora se refere a um julgamento realizado em dezembro de 2010 contra o político socialista escocês Tommy Sheridan. Na época, Andy Coulson negou que houvesse uma cultura de escutas telefônicas no 'News of the World', que dirigiu de 2003 a 2007.
A nomeação de Coulson como diretor de comunicação do governo britânico em 2010 tornou-se polêmica por seus vínculos com o caso das escutas, mas naquele momento Cameron defendeu sua escolha alegando que todo mundo merecia uma segunda oportunidade.