Emilio Lozoya, que renunciou ao cargo de presidente da Pemex em 2016, postou no Twitter na noite de domingo que nunca participou de práticas corruptas (Jacky Naegelen/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de agosto de 2017 às 12h00.
Cidade do México - O ex-chefe da petroleira estatal mexicana Pemex Emilio Lozoya "negou categoricamente" as alegações de que teria recebido 10 milhões de dólares em propinas da Odebrecht em troca da concessão de um contrato de uma refinaria à empresa brasileira.
O jornal O Globo informou no fim de semana a existência de documentos com alegações do ex-executivo da Odebrecht Luis Alberto de Meneses Weyllque, de que as propinas foram pagas a partir de 2012 em troca de um contrato na refinaria de Tula, no México.
Lozoya, que renunciou ao cargo de presidente da Pemex em 2016, postou no Twitter na noite de domingo que nunca participou de práticas corruptas e classificou as acusações de "absolutamente falsas".
Carta aclaratoria sobre la nota de hoy publicada en Proceso y Aristegui Noticias. pic.twitter.com/n4y1IZ7fkQ
— Emilio Lozoya Austin (@EmilioLozoyaAus) August 14, 2017
"Supondo que há acusações contra mim feitas por criminosos confessos, é importante mencionar, pelo menos, que essas pessoas podem dizer qualquer coisa em troca de uma sentença reduzida", escreveu ele em uma carta que aparece em sua conta no Twitter.
Desde que fechou acordo com Estados Unidos, Brasil e Suíça, por um valor recorde de 3,5 bilhões de dólares, a Odebrecht tem buscado negociar acordos de leniência para poder continuar operando em outros países da América Latina.
A Odebrecht admitiu no acordo com promotores brasileiros e norte-americanos ter pago propinas em 12 países para vencer contratos, incluindo 10,5 milhões de dólares no México.