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Ex-candidata à Casa Branca quer recontagem de votos em Wisconsin

Em Wisconsin, é a primeira vez desde a eleição de Ronald Reagan em 1984 que os eleitores se inclinam em sua maioria por um candidato republicano

Eleições: essa recontagem poderia relançar a polêmica sobre a legitimidade da eleição presidencial (EXAME.com)

Eleições: essa recontagem poderia relançar a polêmica sobre a legitimidade da eleição presidencial (EXAME.com)

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AFP

Publicado em 24 de novembro de 2016 às 14h38.

A ex-candidata à Casa Branca pelo Partido Verde Jill Stein conseguiu reunir os 1,1 milhão de dólares necessários para pedir a recontagem de votos no estado de Wisconsin, norte dos Estados Unidos.

Os resultados de Wisconsin, considerado um dos estados-chave durante a eleição presidencial de 8 de novembro, ajudaram na surpreendente vitória do republicano Donald Trump diante da democrata Hillary Clinton.

A equipe de campanha de Stein fala em "anomalias" que justificariam uma recontagem de votos em Wisconsin, assim como também na Pensilvânia e Michigan, estados em que Trump ganhou por pouco.

Em Wisconsin, é a primeira vez desde a eleição de Ronald Reagan em 1984 que os eleitores se inclinam em sua maioria por um candidato republicano.

"Deve-se investigar os resultados inesperados desta eleição e as anomalias registradas antes que ela seja validada", escreveu a ex-candidata ecológica em seu site.

"Estamos contentes por termos arrecadado o dinheiro necessário para uma recontagem de votos em Wisconsin", acrescentou a equipe de Stein.

Essa recontagem poderia relançar a polêmica sobre a legitimidade da eleição presidencial, sistema indireto com apenas um turno, apesar de Hillary ter reconhecido sua derrota após uma campanha particularmente desagradável.

Para conseguir a recontagem de votos também na Pensilvânia, são necessários 500.000 dólares antes do dia 28 de novembro e 600.000 para Michigan antes do dia 30.

A equipe de Stein já arrecadou 2,7 milhões e aspira aos 4,5 milhões.

Hillary conseguiu dois milhões de votos a mais do que Trump a nível nacional, segundo os cálculos do Cook Political Report, mas essa vantagem de 1,5 pontos não muda em nada o resultado da eleição já que o candidato republicano conseguiu a maioria dos grandes eleitores, porta de entrada para a Casa Branca.

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