Conrad Black: em seu auge, o conglomerado Hollinger International operou uma série de jornais, incluindo Chicago Sun-Times, Jerusalem Post, Daily Telegraph e National Post (Brent Lewin/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 09h39.
São Paulo - A SEC, reguladora de valores mobiliários dos Estados Unidos, proibiu na quinta-feira o ex-barão da imprensa Conrad Black de atuar como diretor de empresas nos EUA e disse que ele deve pagar 4,1 milhões de dólares em restituição, em um acordo que põe fim a uma ação judicial de longa data sobre os negócios de Black como chefe do império de mídia Hollinger.
Em seu auge, o conglomerado Hollinger International operou uma série de jornais, incluindo o Chicago Sun-Times, o Jerusalem Post, o Daily Telegraph, da Grã-Bretanha, e o National Post, do Canadá, onde o empresário nasceu.
Black, de 68 anos, desistiu de cidadania canadense quando se tornou membro da Câmara dos Lordes da Grã-Bretanha.
Ele foi considerado culpado em 2007 de tramar com o parceiro David Radler e outros executivos para desviar milhões de dólares obtidos com a venda de jornais, à medida que as publicações deixavam o guarda-chuva da Hollinger International.
Mas duas das três condenações por fraude foram posteriormente anuladas e sua sentença de 78 meses foi encurtada para 42 meses. Black serviu 37 meses, foi liberado em maio de 2012 e agora vive em Toronto.
"Nestas circunstâncias, e dada a correlação de forças e a difamação que suportei, é um final muito feliz", disse o empresário por email, lembrando que um processo por difamação relacionado ao caso terminou com um acordo. "O colapso da investida contra mim fala por si", disse.
Os 4,1 milhões de dólares serão pagadas ao Chicago Newspaper Liquidation Corp, conhecido anteriormente como Sun-Times Media Group.