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Ex-assessor de Trump deixa a prisão e segue direto para convenção do Partido Republicano

Peter Navarro completou sua sentença em uma prisão federal de Miami depois de ser condenado em 2023 por duas acusações de desacato ao Congresso

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos (Giorgio Viera/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 17 de julho de 2024 às 15h38.

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Peter Navarro, ex-assessor do ex-presidente e candidato republicano Donald Trump, foi libertado nesta quarta-feira da prisão em Miami após cumprir uma pena de quatro meses por desrespeitar uma intimação do Congresso relacionada com a investigação do ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

De acordo com a campanha do ex-presidente Trump, o ex-conselheiro econômico da Casa Branca pretende comparecer à Convenção Nacional Republicana, que começou na segunda-feira em Milwaukee e terminará na quinta-feira.

O ex-presidente americano, que já foi proclamado na segunda-feira como candidato oficial republicano, disse no último mês de maio que voltaria a contratar Navarro se regressasse à Casa Branca.

Navarro completou sua sentença nesta quarta-feira em uma prisão federal de Miami depois de ser condenado em 2023 por duas acusações de desacato ao Congresso por não apresentar documentos relacionados à investigação e por evitar prestar depoimento perante o comitê da Câmara dos Representantes que investigou o ataque ao Capitólio.

Os investigadores do Congresso queriam recolher o depoimento do ex-funcionário da Casa Branca sobre as suas ações após as eleições de 2020, nas quais o atual presidente dos EUA, o democrata Joe Biden, foi o vencedor.

Navarro, que se entregou às autoridades em 19 de março, fracassou na sua tentativa de evitar a prisão enquanto apelava da sua condenação, depois de o juiz do Supremo Tribunal dos EUA, John Roberts, ter rejeitado um pedido feito pela sua defesa.

Ao longo do processo judicial, Navarro argumentou que acreditava que, com base na invocação de privilégio executivo pelo então presidente Trump, não precisava cumprir as exigências do comitê da Câmara.

Antes de entrar na prisão, Navarro declarou que sua sentença foi “um ataque sem precedentes à separação constitucional de poderes”.

Durante o julgamento, o Ministério Público afirmou que Navarro demonstrou “total desprezo” pelo comitê da Câmara que investiga a insurreição e “pelo Estado de Direito”.

O ex-assessor preparou pelo menos três relatórios relacionados com as eleições de 2020 nos quais citou supostas fraudes e, em janeiro de 2021, o então presidente Trump se referiu a um desses documentos quando convocou seus apoiadores para um protesto em Washington, que terminou com a tomada temporária do Capitólio pelos manifestantes.

Pelo ataque ao Capitólio, Steve Bannon, ex-estrategista-chefe de Trump, também foi condenado a quatro meses de prisão por desacato, mas outro tribunal decidiu que poderia ficar em liberdade enquanto aguarda a resolução de um recurso.

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