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Ex-agente da CIA é preso por divulgar documentos secretos

Jeffrey Alexander Sterling responderá por dez acusações relacionadas com a obtenção e divulgação ilegal de informação

Ex-agente da CIA foi preso por divulgar documentos secretos do governo americano (Getty Images)

Ex-agente da CIA foi preso por divulgar documentos secretos do governo americano (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 06h52.

Washington - As autoridades judiciais americanas anunciaram nesta quinta-feira a detenção de um ex-agente da CIA acusado do vazamento ilegal de documentos secretos.

Jeffrey Alexander Sterling, de 43 anos, responderá por dez acusações relacionadas com a obtenção e divulgação ilegal de informação sobre a defesa nacional, além de fraude por correio e obstrução da Justiça, disse o Departamento de Justiça em comunicado.

Sterling foi detido em Saint Louis (Missouri) e obrigado a comparecer diante do juiz federal Terry Adelman, acrescentou a nota.

Segundo as acusações apresentados por um júri de investigação em 22 de dezembro e divulgadas nesta quinta-feira, Sterling trabalhou para a CIA entre maio de 1993 e janeiro de 2002.

Entre novembro de 1998 e maio de 2000, o ex-agente foi designado a um programa clandestino para espionar o poderio armamentista de certos países, que não foram precisados pelo Departamento de Justiça.

Segundo a agência federal, Sterling, que é advogado, assinou vários acordos relacionados com a segurança e relatórios secretos nos quais se comprometia a "nunca divulgar informação secreta a pessoas não autorizadas".

Embora as autoridades não tenham fornecido detalhes sobre o vazamento ilegal, é imputado a Sperling o repasse de documentos a James Risen, um jornalista do jornal "The New York Times" cujo livro detalhou as operações de espionagem da CIA no Irã.

Sterling representou a CIA no Irã e esteve incumbido de fazer contato com espiões iranianos que haviam desertado e passado ao lado americano.

Se for declarado culpado por cada uma das dez acusações criminais, Sterling poderia pegar até 120 anos de prisão, além de ter de pagar multa de até US$ 250 mil por cada acusação, indicou o comunicado.

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