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Evo Morales viaja à Cuba para fazer tratamento médico

Segundo a presidente da Câmara, a viagem foi feita após Morales ter sido tratado, sem sucesso, por cinco especialistas da Bolívia

Evo Morales: o presidente optou por viajar para Cuba porque sentia "dores muito fortes" (Getty Images/Getty Images)

Evo Morales: o presidente optou por viajar para Cuba porque sentia "dores muito fortes" (Getty Images/Getty Images)

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AFP

Publicado em 3 de março de 2017 às 14h25.

Última atualização em 3 de março de 2017 às 14h26.

O presidente boliviano, Evo Morales, estava em Cuba nesta quinta-feira para tratar um quadro viral que provocou sinusite e infecção na garganta, em meio a suspeitas da oposição sobre a gravidade do problema.

Morales, 57 anos, viajou na quarta-feira para Havana com o objetivo de realizar uma revisão médica, informou em entrevista coletiva o vice-presidente, Álvaro García, precisando que a bateria de exames terminou na madrugada desta quinta.

Álvaro Garcia explicou que o presidente optou por viajar para Cuba porque sentia "dores muito fortes, que não o deixavam dormir, na parte direita do abdome".

"Os resultados médicos são tranquilizantes, não há motivo para alarme (...), sua saúde está controlada, não é nada grave, não há complicações em órgãos internos, é uma virose".

Morales observará entre quatro a cinco dias de repouso, informou o vice-presidente, sem dar mais detalhes.

Segundo Gabriela Montaño, presidente da Câmara dos Deputados, Morales esteve "durante mais de um mês e meio sendo tratado na Bolívia por cinco especialistas, sem os resultados esperados".

O senador opositor Oscar Ortiz denunciou que "chama a atenção" uma viagem que "dificilmente ocorreria apenas por uma infecção de garganta".

Oscar Urenda, secretário de Saúde da região de Santa Cruz, governada pela oposição, criticou Morales por não utilizar os serviços médicos da Bolívia, como já ocorreu no passado, mostrando que "não confia em nossos especialistas".

Em meio às críticas, a ministra da Saúde, Ariana Campero, exigiu que se respeite a decisão de Morales de recorrer aos médicos cubanos.

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