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Evo Morales, ex-presidente da Bolívia, é atacado a tiros em suposta tentativa de prisão

Agricultores apoiadores do ex-presidente Evo Morales continuam bloqueando estradas na Bolívia para evitar a provável prisão de Morales

O ex-presidente boliviano Evo Morales (AFP/AFP)

O ex-presidente boliviano Evo Morales (AFP/AFP)

Agência o Globo
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Publicado em 27 de outubro de 2024 às 11h41.

Última atualização em 27 de outubro de 2024 às 13h43.

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O ex-presidente Evo Morales, líder da oposição na Bolívia, divulgou um vídeo nas redes sociais relatando uma tentativa de prisão e um ataque a tiros, neste domingo. O carro do político foi atingido por disparos em meio às crescentes tensões políticas no país.

Nas imagens, Morales aparece ao lado do motorista e, pelo telefone, declara: “Estão atirando em nós, estão nos detendo; rapidamente, mobilizem-se”.

O vídeo mostra marcas de tiros no veículo e o motorista ferido, com sangue na cabeça e no peito. Segundo a Rádio Kawsachun Coca, 14 tiros foram disparados contra o carro de Morales.

Agricultores apoiadores do ex-presidente Evo Morales continuam bloqueando estradas na Bolívia para evitar a provável prisão de Morales, investigado por suposto abuso de uma menor durante seu mandato em 2015.

O atual presidente, Luis Arce, tenta conter os bloqueios, mas o incidente corre o risco de intensificar os conflitos, agravando a já tensa situação econômica que os bolivianos enfrentam. As interdições nas estradas intensificaram a escassez de combustível, provocando longas filas de veículos nos postos de gasolina das cidades. Além disso, os preços dos produtos básicos dispararam nos mercados.

Imagem dos tiros contra o veículo que transportava o ex-presidente Evo Morales, após um suposto ataque armado contra o ex-mandatário, neste domingo em Cochabamba (Bolívia). O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales (2006-2019), denunciou neste domingo que o veículo em que estava, a caminho da emissora onde costuma apresentar seu programa de fim de semana, recebeu 14 disparos de indivíduos desconhecidos que estavam em dois veículos, ferindo o motorista que o transportava. (Rádio Kawsachun Coca/EFE)

Os bloqueios começaram em 14 de outubro, organizados por camponeses que exigem o “fim da perseguição judicial” contra Morales, investigado pelos crimes de "estupro e tráfico de pessoas".

Morales, o primeiro indígena a governar a Bolívia, não compareceu a uma intimação do Ministério Público do departamento de Tarija para prestar depoimento, o que pode levar as autoridades a decretar sua prisão.

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