Evo Morales: "Fidel demonstrou ao mundo que não há império perpétuo, nem poder imperial" (Reynaldo Zaconeta/Presidência da Bolívia/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de novembro de 2016 às 08h01.
Havana - O presidente da Bolívia, Evo Morales, reconheceu na terça-feira, durante homenagem póstuma a Fidel Castro na Praça da Revolução, em Havana, que "perdeu" o líder cubano, mas acrescentou que ele "não morreu" e que está "mais vivo que nunca".
Morales aproveitou seu discurso, diante de centenas de milhares de pessoas que se reuniram na Praça da Revolução, na última homenagem popular realizada na capital cubana para se despedir do ex-presidente, para lançar uma mensagem "anti-imperialista".
"Fidel colocou Cuba no mapa do mundo lutando contra a cobiça do império. Fidel demonstrou ao mundo que não há império perpétuo, nem poder imperial", disse Morales.
O líder boliviano declarou que seu país está de luto por uma semana pela morte do comandante cubano, que faleceu na última sexta-feira, aos 90 anos, e agradeceu em vários momentos de seu discurso Fidel Castro e Cuba por sua ações.
"Derrotou nas Nações Unidas os Estados Unidos com a razão e a justiça", disse, acrescentando que "Fidel não apenas garantiu saúde e educação em Cuba" mas em muitos outros países do mundo.
"Muito obrigado, Fidel", disse Morales, afirmando que o ex-presidente cubano "foi um verdadeiro pai dos excluídos, dos marginalizados, dos mais pobres do mundo".
Morales também enviou uma mensagem aos países da região lembrou a eles que Fidel "nos ensinou que o único caminho dos nossos povos é a unidade e a integração".
"Fidel não morreu porque, pois as pessoas não morrem, e menos aqueles que lutam pela sua libertação. Esse é Fidel. Porque as ideias não morrem e menos que pagam o caminho da emancipação. Pois as lutas não param e menos as que estão destinadas a elevar a humanidade", disse.
"Fidel não morreu, não pode morrer Fidel, está acima de sua própria vida, instalado para sempre na história da humanidade", afirmou.
Além disso, Morales afirmou que a "América Latina e o mundo não se podem compreender no século XX sem Fidel, nem Cuba. Mudaram o mundo".
O presidente boliviano terminou seu discurso gritando: "Viva Fidel, viva Cuba, que viva todos povos anti-imperalistas! Até a vitória, sempre!". EFE