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Emissão global de CO2 bate recorde em 2013

Segundo o estudo, o ano de 2013 registrou o mais alto índice de emissões de dióxido de carbono pela humanidade na atmosfera: 39,8 bilhões de toneladas

Fumaça: poluentes são resultado principalmente da queima de carvão, petróleo e gás (4BlueEyes Pete Williamson/Creative Commons)

Fumaça: poluentes são resultado principalmente da queima de carvão, petróleo e gás (4BlueEyes Pete Williamson/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2014 às 18h42.

São Paulo - Pesquisadores do Global Carbon Project divulgaram, esta semana, novos dados alarmantes sobre o aquecimento global, publicados nas revistas científicas Nature Geoscience e Nature Climate Change.

Segundo o estudo, o ano de 2013 registrou o mais alto índice de emissões de dióxido de carbono pela humanidade na atmosfera: 39,8 bilhões de toneladas.

Os poluentes são resultado principalmente da queima de carvão, petróleo e gás.

China, Estados Unidos e Índia foram os países que mais contribuíram para este crescimento de 778 milhões de toneladas de CO2 nas emissões, um aumento de 2,3% em relação a 2012.

Os chineses foram os responsáveis por mais da metade do crescimento das emissões, cerca de 415 millhoes toneladas.

Só em 2013, o país asiático aumentou em 4,2% sua liberação de gases poluentes, sendo que na Índia este salto foi ainda maior: 5,1%.

Com a desaceleração do ritmo de crescimento da China, especialistas acreditam que deva haver uma redução do ritmo da liberação de gases de efeito estufa naquele país.

Todavia, isto não será suficiente para compensar a conta mundial.

Os cientistas preveem que em 2014 as emissões de dióxido de carbono subirão mais 2,5%.

"O tempo está acabando", afirmou Pierre Friedlingstein, da Universidade de Exeter, na Inglaterra, um dos autores do estudo.

"Quanto mais deixarmos de agir, mais provável será que atingiremos esse marco em 2040".

O pesquisador se refere ao aumento de 2ºC na temperatura global.

Dos cerca de 200 países que fizeram parte do relatório, apenas 20 cortaram suas emissões.

A maioria deles fica na Europa, sendo que a maior queda foi registrada na Espanha, país que enfrenta grave crise econômica, motivo este que talvez explique o desaceleramento nas emissões.

A divulgação do estudo aconteceu poucos dias antes da reunião com líderes globais, realizada na terça, 23/09, na sede das Nações Unidas, em Nova York.

A Cúpula do Clima da ONU reuniu mais de 100 tomadores de decisão do mundo todo, que discutiram como reverter a tendência no aumento das emissões.

A pressão mundial por este acordo é extremamente forte. No final de semana milhares de pessoas foram às ruas das principais cidades do mundo, exigindo mudanças imediatas rumo a uma economia mais limpa e sem dependência da queima de combustíveis fósseis.

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