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Evidências apontam que EI plantou bomba em avião

Segundo fontes de segurança, as evidências agora sugerem que bomba plantada pelo grupo Estado Islâmico é a causa provável da queda de um avião russo no Egito


	Militantes do Estado Islâmico: fontes salientaram que não chegaram a uma conclusão final sobre a queda da aeronave
 (AFP)

Militantes do Estado Islâmico: fontes salientaram que não chegaram a uma conclusão final sobre a queda da aeronave (AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2015 às 19h58.

Washington - As evidências agora sugerem que uma bomba plantada pelo grupo Estado Islâmico é a causa provável da queda de um avião russo da Metrojet no sábado sobre a península do Sinai, no Egito, disseram fontes de segurança norte-americanas e europeias nesta quarta-feira.

As fontes salientaram que não chegaram a uma conclusão final sobre a queda da aeronave. O Airbus A321M caiu no sábado no Sinai logo depois de decolar do balneário de Sharm el-Sheikh em direção à cidade russa de São Petersburgo, matando todas as 224 pessoas a bordo.

O Estado Islâmico, que controla regiões no Iraque e na Síria e combate o Exército egípcio na península do Sinai, afirmou novamente nesta quarta ter derrubado o avião, acrescentando que contaria ao mundo como realizou o ataque.

O Egito, aliado próximo dos Estados Unidos e o país árabe com maior população, rejeitou um comunicado similar pelo grupo no sábado.

Mais cedo, uma fonte egípcia próxima à investigação disse à Reuters que uma explosão provavelmente causou a queda do avião russo no Egito, mas que ainda não estava claro se a causa foi uma bomba ou problemas técnicos.

“Acredita-se que tenha sido uma explosão, mas não está claro de que tipo. Há um exame da areia no local da queda para tentar determinar se foi uma bomba”, afirmou a fonte egípcia, que é próxima da equipe que investiga as caixas-pretas.

"Há investigações forenses sendo realizadas no local da queda. Isso vai ajudar a determinar a causa, ver se vestígios de explosivos são encontrados.” O Reino Unido, que recebe o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, nesta semana, afirmou que um explosivo pode ter causado a queda.

Sisi tem descrito a militância islâmica como uma ameaça para a existência do mundo árabe e do Ocidente e tem repetidas vezes pedido maior esforço global para combater os militantes.

O gabinete do premiê britânico, David Cameron, que tem encontro previsto com Sisi em Londres na quinta-feira, disse em comunicado: “À medida que mais informações são reveladas, nós ficamos preocupados que o avião pode bem ter sido derrubado por um explosivo”.

Uma autoridade russa de aviação disse nesta quarta que a investigação examinava a possibilidade de um objeto colocado a bordo ter causado o desastre.

"Há duas versões sendo consideradas agora: algo colocado dentro (do avião) e uma falha técnica. Mas o avião não poderia apenas partir no ar. Tem de haver alguma ação. Um foguete é pouco provável, uma vez que não há sinais disso”, declarou a autoridade russa.

Especialistas e investigadores têm dito que dificilmente o avião recebeu um impacto vindo do lado de fora, e militantes no Sinai, segundo acredita-se, não possuem a tecnologia para derrubar um avião numa altitude de cruzeiro.

Uma fonte diplomática ocidental na Europa afirmou que a reivindicação de responsabilidade por uma afiliada do Estado Islâmico, um grupo chamado Província Sinai, estava sendo tratada como séria.

“A teoria de um explosivo, com cumplicidade local, está sendo levada a sério. Nada está provado ainda, mas é uma possibilidade real”, disse ele à Reuters.

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