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Europeus especulam sobre saída de Strauss-Kahn

A prisão do diretor-gerente do FMI, acusado de abuso sexual, despertou na Europa o início das especulações em torno de quem poderia substituí-lo no órgão

Maria Fekter, ministra das Finanças da Áustria:  "ele deveria refletir sobre os danos que causou à instituição" (Dieter Nagl/AFP)

Maria Fekter, ministra das Finanças da Áustria: "ele deveria refletir sobre os danos que causou à instituição" (Dieter Nagl/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 11h29.

Bruxelas - As ministras das Finanças da Espanha e da Áustria procuraram nesta terça-feira manter distância da polêmica envolvendo o diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, acusado de agressão sexual.

O caso despertou na Europa o início das especulações em torno de quem poderia sucedê-lo a frente do organismo.

"Uma vez que a Justiça negou o pagamento de fiança em prol da sua liberdade, ele deveria refletir sobre os danos que causou à instituição", afirmou a ministra austríaca, Maria Fekter, após uma reunião com seus colegas europeus em Bruxelas.

"É uma decisão que cabe em primeiro lugar a Dominique Strauss-Kahn seguir como diretor do FMI", disse a titular da Economia espanhola, Elena Salgado, após uma segunda-feira na qual o francês compareceu à justiça americana por supostamente ter tentado estuprar uma funcionária de um hotel de Nova York.

Strauss-Kahn é acusado de "crimes" - agressão sexual, cárcere privado e tentativa de estupro - que são de uma "gravidade extrema", considerou Salgado.

"A solidariedade, em particular a minha, está com a mulher que tenha sofrido a agressão, caso ela de fato tenha existido", acrescentou a ministra.

Na segunda-feira, o líder dos ministros das Finanças da zona do euro, Jean-Claude Juncker, disse estar "profundamente triste e decepcionado" pelo indiciamento do seu amigo e pelas imagens em que ele aparece algemado.

Enquanto os europeus seguem o desenrolar do caso nos Estados Unidos, alguns já especulam quem deverá assumir a frente do FMI após o francês, cujo mandato termina no final de 2012.

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na segunda-feira ver "boas razões" para que o cargo siga nas mãos de um europeu, opinião apoiada publicamente pela Bélgica.

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