Mundo

Europa supera 5 milhões de casos de coronavírus

Países europeus voltaram a adotar medidas restritivas para tentar conter o avanço do coronavírus

Espanha vê filas de bancos de alimentos na economia atingida por vírus (Angel Garcia/Getty Images)

Espanha vê filas de bancos de alimentos na economia atingida por vírus (Angel Garcia/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 23 de setembro de 2020 às 10h31.

O vírus da covid-19 já contaminou mais de cinco milhões de pessoas na Europa, onde a França pode seguir o exemplo da Inglaterra e aumentar as restrições em sua capital.

No total, 5.000.421 casos foram contabilizados oficialmente na Europa para 227.130 mortes, conforme balanço da AFP até esta quarta-feira (23).

Um outro número simbólico foi superado na terça (22), nos Estados Unidos, com mais de 200.000 mortes provocadas pelo coronavírus.

No Velho Continente, mais de 380.000 novos casos foram declarados nos últimos sete dias, o que corresponde ao maior número de infecções em uma semana na região desde o início da pandemia.

Este aumento das infecções detectadas é parcialmente explicado pelo aumento acentuado do número de testes realizados em alguns países europeus. Na França, por exemplo, são mais de um milhão de testes por semana.

Diante de um forte aumento na taxa de incidência do vírus em Paris, que agora chega a 204 casos por 100 mil, as autoridades podem anunciar hoje medidas mais rígidas para a capital.

Estão previstas a proibição da venda de bebidas alcoólicas a partir das 20h, a proibição de todas as aglomerações acima de dez pessoas, bem como a redução do número máximo permitido para grandes aglomerações, de 5.000 para 1.000 pessoas.

Já o Reino Unido, país mais afetado do continente com quase 42.000 óbitos confirmados por covid-19, observa o número de infecções dobrar a cada sete dias. Esse cenário obrigou o primeiro-ministro Boris Johnson a tomar novas medidas na Inglaterra para impedir a segunda onda.

A partir de quinta-feira, pubs, bares e restaurantes deverão fechar as portas às 22h na Inglaterra.

Em um país onde o uso de máscara não está muito disseminado, a obrigação incluirá, a partir de agora, funcionários dos estabelecimentos comerciais, usuários de táxis e funcionários e clientes de restaurantes, exceto para comer e beber.

O governo cancelou o retorno do público aos eventos esportivos, previsto para 1o de outubro. Além disso, a infração às regras será punida com "penas mais severas", advertiu o primeiro-ministro, que prometeu uma "presença policial maior nas ruas".

Restrições na Espanha

"Nunca, na nossa história, nosso destino coletivo e nossa saúde coletiva dependeram tão completamente de nosso comportamento individual", afirmou Johnson em uma mensagem à nação exibida na terça-feira no horário nobre da televisão.

Os cientistas que assessoram o governo afirmaram que o Reino Unido poderia alcançar o nível de 50.000 novos casos de coronavírus por dia em meados de outubro, caso as novas medidas não fossem adotadas.

Na Espanha, outro país europeu muito afetado pela covid-19, o governo informou 241 mortes nas últimas 24 horas, um recorde desde o início da segunda onda, assim como 10.799 contágios.

No momento, 850.000 moradores de vários bairros e localidades de Madri que registram uma aceleração de casos podem sair de suas áreas de moradia somente por razões de primeira necessidade, como seguir para o trabalho, procurar um médico, ou levar as crianças ao colégio.

O ministro da Saúde, Salvador Illa, recomendou que todos os moradores de Madri limitem os deslocamentos ao "essencial".

Por toda Europa, grandes eventos são reduzidos, ou cancelados. Pela primeira vez desde 1944, a cerimônia de entrega dos prêmios Nobel não acontecerá de maneira presencial e será exibida na TV.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusUnião Europeia

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru