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Europa e Estados Unidos concordam em tirar bancos russos do Swift

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que as novas sanções atingem 70% do sistema bancário do país governado pelo presidente Vladimir Putin

BRUSSELS, BELGIUM - FEBRUARY 25: President of the European Commission Ursula von der Leyen speaks to media at the end of an EU Summit on the situation in Ukraine on February 25, 2022 in Brussels, Belgium. The European Council deplored the tragic loss of life and human suffering caused by the Russian aggression. (Photo by Thierry Monasse/Getty Images) (Thierry Monasse/Getty Images)

BRUSSELS, BELGIUM - FEBRUARY 25: President of the European Commission Ursula von der Leyen speaks to media at the end of an EU Summit on the situation in Ukraine on February 25, 2022 in Brussels, Belgium. The European Council deplored the tragic loss of life and human suffering caused by the Russian aggression. (Photo by Thierry Monasse/Getty Images) (Thierry Monasse/Getty Images)

Os Estados Unidos e a União Européia baniram os bancos russos do sistema financeiro Swift na mais recente sanção contra o ataque de Vladimir Putin à Ucrânia.

A exclusão do Swift, engrenagem discreta, mas importante, do mecanismo de transações financeiras internacionais, é uma das sanções mais disruptivas que o Ocidente poderia aplicar contra a Rússia por seu ataque à Ucrânia.

Segundo a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que anunciou as novas sanções, as medidas atingem 70% do sistema bancário e empresas estatais chave do país governado pelo presidente Vladimir Putin.

Confira parte do pronunciamento oficial da diplomata:

"Nos comprometemos a garantir que os bancos russos selecionados sejam removidos do sistema de mensagens SWIFT. Isso garantirá que esses bancos sejam desconectados do sistema financeiro internacional e prejudiquem sua capacidade de operar globalmente. Em segundo lugar, nos comprometemos a impor medidas restritivas que impedirão o Banco Central da Rússia de implantar suas reservas internacionais de forma a prejudicar o impacto de nossas sanções. Terceiro, nos comprometemos a agir contra as pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia e as atividades prejudiciais do governo russo. Especificamente, a tomar medidas para limitar a venda de cidadania - os chamados passaportes dourados - que permitem que russos ricos conectados ao governo russo se tornem cidadãos de nossos países e tenham acesso a nossos sistemas financeiros."

 

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O que é o Swift?

Fundada em 1973, a Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias (Swift) não lida com nenhuma transferência ou fundos, mas seu sistema de mensagens, desenvolvido na década de 1970 para substituir a dependência das máquinas de Telex, fornece aos bancos uma forma de comunicação rápida, segura e barata.

A empresa, com sede na Bélgica, é uma cooperativa de bancos e pretende permanecer neutra.

O que o Swift faz?

Os bancos utilizam o sistema Swift para enviar mensagens padronizadas sobre transferências de valores entre si, transferências de valores para clientes e ordens de compra e venda de ativos. Mais de 11.000 instituições financeiras, em mais de 200 países, usam o Swift, tornando o mecanismo a espinha dorsal do sistema internacional de transferências financeiras.

Seu papel preeminente nas finanças também significou que a empresa teve que cooperar com autoridades para evitar o financiamento do terrorismo.

Quem representa o Swift na Rússia?

De acordo com a associação nacional RosSwift, a Rússia é o segundo maior país, atrás dos Estados Unidos, em número de usuários, com cerca de 300 instituições financeiras pertencendo ao sistema. Mais da metade das instituições financeiras da Rússia são membros do Swift.

A Rússia conta com uma infraestrutura financeira doméstica, que inclui o sistema SPFS para transferências bancárias e o sistema Mir para pagamentos com cartão, semelhante aos sistemas Visa e Mastercard.

Existem precedentes de exclusão de países?

Em novembro de 2019, o Swift "suspendeu" o acesso de alguns bancos iranianos à sua rede. A medida se seguiu à imposição de sanções ao Irã pelos Estados Unidos e a ameaças feitas pelo então secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, de que o Swift seria alvo de sanções dos EUA se não concordasse.

O Irã já havia sido desconectado da rede Swift, entre 2012 e 2016.

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