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Europa aumenta segurança para Ano Novo após ataque de Berlim

O ataque da semana passada contra o mercado de Natal em Berlim levou parlamentares alemães a exigirem medidas de segurança mais duras

Segurança: mais de 90 mil policiais e milhares de soldados estarão em serviço na noite de Ano Novo em toda a França (Hannibal Hanschke/Reuters)

Segurança: mais de 90 mil policiais e milhares de soldados estarão em serviço na noite de Ano Novo em toda a França (Hannibal Hanschke/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de dezembro de 2016 às 14h15.

Cidades europeias reforçaram o esquema de segurança nesta sexta-feira para as celebrações de Ano Novo, erguendo barreiras de concreto nos centros urbanos e intensificando o número de policiais após o ataque do Estado Islâmico em Berlim na última semana que matou 12 pessoas.

Na capital alemã, a polícia fechou a praça Pariser Platz, em frente ao Portão de Brandemburgo e mobilizou um efetivo extra de 1.700 homens, muitos ao longo de uma faixa onde carros blindados irão flanquear as barreiras de concreto bloqueando a área.

"Cada medida está sendo tomada para evitar um possível ataque", disse à Reuters TV o porta-voz da polícia Thomas Neuendorf. Alguns policiais estarão armados com metralhadoras, disse, uma tática incomum para a polícia alemã.

O ataque da semana passada em Berlim, no qual um tunisiano de 24 anos avançou sobre uma multidão com um caminhão em um mercado natalino, levou parlamentares alemães a exigirem medidas de segurança mais duras.

Em Milão, onde a polícia matou o autor do ataque, foram estabelecidos pontos de checagem de segurança em torno da praça principal. Caminhões estão proibidos nos centros de Roma e Nápoles.

Madri planeja mobilizar um efetivo extra de 1.600 homens para o fim de semana do Ano Novo. Pelo segundo ano seguido, o acesso à praça central da cidade Puerta del Sol, onde foliões tradicionalmente se reúnem para comemorar a passagem do ano, terá lotação limitada a 25 mil pessoas e barricadas da polícia para controlar o acesso.

Em Colônia, no oeste da Alemanha, onde centenas de mulheres sofreram ataques sexuais e foram roubadas nas proximidades da estação central de trem na noite de Ano Novo no ano passado, a polícia instalou um novo sistema de vigilância com câmeras para monitorar a área da estação.

Os ataques em Colônia, executados principalmente segundo a polícia por suspeitos com aparência norte-africana e árabe, alimentaram as críticas à decisão da chanceler Angela Merkel de aceitar quase 900 mil migrantes no último ano. O ataque de Berlim também intensificou a desaprovação.

Em Paris, onde homens armados do Estado Islâmico mataram 130 pessoas em novembro de 2015, as autoridades preparam um fim de semana de alta-segurança, cujo ponto crucial será o show de fogos de artifício na Champs-Élysées, que deve receber cerca de 600 mil pessoas.

Às vésperas da noite de Ano Novo, soldados fortemente armados patrulharam pontos turísticos da capital francesa, como a Torre Eiffel, o Arco do Triunfo e o Museu do Louvre.

Mais de 90 mil policiais e milhares de soldados estarão em serviço na noite de Ano Novo em toda a França.

 

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