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EUA voltam a permitir que doentes mentais comprem armas

A votação terminou com o respaldo de 57 senadores, a maioria completa dos republicanos e vários democratas, contra 43 votos contrários

Armas: o bloqueio do Senado acontece depois de a Câmara dos Representantes, também de maioria republicana, ter feito o mesmo há algumas semanas (Scott Olson/Getty Images)

Armas: o bloqueio do Senado acontece depois de a Câmara dos Representantes, também de maioria republicana, ter feito o mesmo há algumas semanas (Scott Olson/Getty Images)

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EFE

Publicado em 15 de fevereiro de 2017 às 19h08.

Washington - O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta quarta-feira a suspensão de uma regulação impulsionada pelo ex-presidente Barack Obama para impedir que pessoas com problemas mentais possam comprar armas, em uma vitória de grupos de lobby como a Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês).

A votação terminou com o respaldo de 57 senadores, a maioria completa dos republicanos e vários democratas, contra 43 votos contrários.

O bloqueio do Senado acontece depois de a Câmara dos Representantes, também de maioria republicana, ter feito o mesmo há algumas semanas, e só resta agora a sanção do presidente Donald Trump, que já antecipou que a ratificará.

A medida tinha sido impulsionada por Obama dentro de seu plano para aumentar os controles no acesso a armas de fogo após o massacre de um colégio em Newtown (Connecticut) em 2012, onde morreram 20 crianças e seis professores.

A norma, que afetava cerca de 75.000 pessoas, exigia que a Direção de Seguridade Social comunicasse ao governo federal os nomes das pessoas que recebessem ajudas com histórico de doenças mentais para que não pudessem comprar armas.

A decisão de hoje foi aplaudida pela NRA, o principal grupo de pressão pró-armas.

"A votação de hoje no Senado representa o passo seguinte na marcha à ré do ofensivo excesso do governo que caracterizou a era de Obama", disse Chris W. Cox, diretor-executivo da NRA, em comunicado.

Por sua parte, o senador democrata Chris Murphy, que representa o estado de Connecticut, onde aconteceu o massacre de Newtown, se mostrou indignado pelo bloqueio ao assinalar que estava dirigido a um grupo pequeno de pessoas.

"Se não pode conduzir seus próprios assuntos financeiros, como podemos esperar que possa ser o proprietário responsável de uma arma de fogo legal e perigosa?", ponderou em seu discurso antes de votar não à proposta.

As organizações a favor do controle ao acesso de armas também expressaram sua rejeição.

"Não se equivoquem, esta votação se tratava realmente de aumentar o conjunto de possíveis clientes da indústria de armas, às custas daqueles em perigo de fazer danos a si mesmo ou a outros", disse Dan Gross, presidente da Brady Campaign, que se dedica a prevenir a violência provocada pelas armas.

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