EUA: as ações acontecem como parte de uma tentativa do governo Trump de incrementar o controle da imigração (Carlo Allegri/Reuters)
Reuters
Publicado em 12 de junho de 2017 às 21h37.
Autoridades de imigração dos Estados Unidos estão prendendo imigrantes iraquianos que tiveram a deportação decretada por crimes sérios, informou o governo dos EUA nesta segunda-feira, após o Iraque concordar em aceitar deportados norte-americanos como parte de um acordo para remover o país do banimento de viagens do presidente Donald Trump.
Dezenas de iraquianos católicos caldeus em Detroit, no Estado de Michigan, estavam entre os alvos das buscas da imigração durante o fim de semana, de acordo com advogados de imigração e membros das famílias, algumas das quais temiam que seriam mortos caso deportados para o país natal, onde têm enfrentado perseguição.
Iraquianos curdos também foram detidos em Nashville, no Tennessee, nos dias recentes, disseram advogados, ativistas e familiares à Reuters.
As ações acontecem como parte de uma tentativa do governo Trump de incrementar o controle da imigração e fazer com que países, que resistiam no passado, a aceitar de volta cidadãos com pedidos de deportação dos Estados Unidos.
"Como resultado de negociações recentes entre os EUA e Iraque, o Iraque recentemente concordou em aceitar um número de cidadãos iraquianos sujeitos a ordens de remoção", disse Gillian Christensen, a porta-voz da Agência de Cumprimento das Leis da Imigração e da Alfândega.
Christensen disse que a agência prendeu indivíduos que tem condenações penais por crimes que variam de homicídios a acusações envolvendo drogas e que tiveram a remoção decretada por juizes de imigração. Ela recusou-se a dar mais detalhes, citando a natureza contínua da operação.
Uma autoridade iraquiana disse que cerca de 100 pessoas foram presas apenas em Detroit durante o fim de semana.
A Reuters não pode confirmar de forma independente todos os casos.
O movimento acontece depois que o governo dos Estados Unidos retirou o Iraque de uma lista de países visados em uma versão revisada da proibição temporária de viagem de Trump emitida em março.