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EUA vigiou 70,3 milhões de comunicações na França em 30 dias

Segundo o jornal "Le Monde" os EUA interceptaram 70,3 milhões de comunicações emitidas desde a França em 30 dias entre o final de 2012 e começo de 2013


	Jornal Le Monde: número de intercepções aconteceram entre 10 de dezembro e 8 de janeiro, com uma média de três milhões diárias
 (Getty Images)

Jornal Le Monde: número de intercepções aconteceram entre 10 de dezembro e 8 de janeiro, com uma média de três milhões diárias (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 07h48.

Paris - Os Estados Unidos interceptaram 70,3 milhões de comunicações emitidas desde a França em 30 dias entre o final de 2012 e começo de 2013, segundo documentos da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) publicados nesta segunda-feira por "Le Monde".

Esse número de intercepções aconteceram entre 10 de dezembro e 8 de janeiro, com uma média de três milhões diárias, embora tenha havido um pico de quase sete milhões tanto em 24 de dezembro como em 7 de janeiro, assinalou o periódico, que destacou o caráter "em massa" desta espionagem.

Os principais objetivos da NSA na França eram pessoas suspeitas de ter vínculos com atividades terroristas, mas também outras relacionadas com o mundo empresarial e dos negócios, assim como políticos e funcionários.

O dispositivo de espionagem consistia na gravação automática das conversas ou as mensagens quando se ativa um determinado número de telefone que interessa.

Os SMS também eram capturados desde o momento em que incluíam certas palavras-chave.

Além disso, se guardava o registro histórico das conexões de cada número definido como alvo.

As técnicas utilizadas para estas intercepções aparecem nos documentos da NSA com dois códigos diferentes, "DRTBOX" e "WHITEBOX" que, nos 30 dias assinalados, representaram 62,5 milhões e 7,8 milhões respectivamente.

"Le Monde", que obteve suas informações da documentação subtraída pelo ex-agente da NSA Edward Snowden, transmitida depois pelo jornalista Glenn Greenwald, lembrou que a França não é o país mais espionado pelo número de comunicações capturadas pelos Estados Unidos, já que na Europa Alemanha e Reino Unido a superam.

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