Cuba: A porta-voz da Casa Branca disse que um desafio para o envio de vacinas contra o vírus a Cuba é o fato de que esta não ingressou na Iniciativa Covax, da OMS (YAMIL LAGE/AFP)
Estadão Conteúdo
Publicado em 12 de julho de 2021 às 15h49.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou nesta segunda-feira, 12, que os protestos ocorridos no domingo em Cuba são um sinal de um povo "cansado" do governo local, por questões como as restrições econômicas à mídia, a repressão e a falta de insumos de saúde.
Segundo ela, não há informações sobre uma mudança da política dos Estados Unidos para a ilha, mas Washington pode ajudar a população local a ter mais acesso a vacinas contra a covid-19. A porta-voz também negou qualquer responsabilidade do governo do presidente Joe Biden nos protestos, como mencionado ontem pelo governo cubano.
Psaki disse que um desafio para o envio de vacinas contra o vírus a Cuba é o fato de que esta não ingressou na Iniciativa Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS). O regime cubano afirma que vacinará a população com seus próprios imunizantes, mas o ritmo da vacinação ainda é modesto. "Estamos dispostos a trabalhar com o povo cubano para ajudá-lo a obter vacinas", garantiu a porta-voz, lembrando que o embargo americano à ilha contém exceções, entre elas o envio de ajuda humanitária, inclusive insumos médicos.
A porta-voz também foi questionada sobre o quadro no Haiti, após o assassinato do presidente Jovenel Moïse em 7 de julho. Segundo ela, uma equipe enviada para ajudar no caso retornou aos EUA nesta manhã. Segundo ela, um potencial envio de tropas americanas para ajudar o Haiti, após um pedido realizado pelo governo local, está "sob análise", sem decisão tomada.