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EUA vão se arrepender de sanções e mudarão política, diz ministro do Irã

O governo dos EUA sancionou na segunda-feira 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente dos setores energéticos e financeiros

Irã: chefe da diplomacia iraniana lembrou que administrações americanas anteriores começaram seu mandato com políticas hostis contra o país, mas tiveram que voltar atrás (Raheb Homavandi/Reuters)

Irã: chefe da diplomacia iraniana lembrou que administrações americanas anteriores começaram seu mandato com políticas hostis contra o país, mas tiveram que voltar atrás (Raheb Homavandi/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 14h51.

Teerã - O ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, garantiu nesta terça-feira, 6, que os Estados Unidos "se arrependerão" das sanções impostas à República Islâmica e que, com o passar do tempo, se verão "obrigados a mudar de política" diante da falta de resultados.

"Nosso povo demonstrou que pode mudar a história com seu esforço e resistência e, desta vez, esta situação se repetirá e os EUA se arrependerão de suas medidas", disse Zarif em um vídeo publicado na página oficial do Ministério das Relações Exteriores iraniano.

Além disso, o chefe da diplomacia iraniana lembrou que administrações americanas anteriores começaram seu mandato com políticas hostis contra o Irã, mas tiveram que voltar atrás. "Tenho certeza de que o governo do senhor (Donald) Trump, depois de um tempo, também chegará a essa conclusão, que tais políticas não têm influência na determinação da grande nação do Irã, e será obrigado a mudar de política", ressaltou Zarif.

O governo dos EUA sancionou ontem 700 indivíduos, empresas e entidades do Irã, principalmente de seus setores energéticos e financeiros, mas anunciou que oito países (China, Índia, Itália, Grécia, Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Turquia) estarão isentos durante seis meses das restrições à compra de petróleo da República Islâmica.

Para o ministro iraniano, as sanções estão dirigidas contra o povo iraniano e têm como objetivo criar divisão entre a população e o sistema da República Islâmica. Além disso, Zarif ressaltou que o governo em Teerã está trabalhando para minimizar seus efeitos.

Zarif também assinalou que as sanções demonstram "o desespero do governo dos EUA" diante do fato de que o resto do mundo não apoia suas sanções.

"Ontem vimos essa solidão e fúria devido ao consenso internacional contra o unilateralismo dos EUA (...) Esperamos ver no futuro os efeitos do enfrentamento mundial em relação a essas medidas", acrescentou o ministro.

O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, insistiu ontem que seu governo continuará com a "campanha de pressão econômica sem precedentes" para forçar o Irã a acabar com suas "atividades malignas" no Oriente Médio.

As sanções americanas de ontem complementam as que foram impostas em agosto e anunciadas em maio, quando os Estados Unidos se retiraram do acordo multilateral nuclear assinado em 2015.

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