Jim Mattis: "Isto iria levar à uma guerra muito rapidamente" (François Lenoir/Reuters)
Reuters
Publicado em 14 de agosto de 2017 às 22h05.
Washington - O secretário de Defesa norte-americano, Jim Mattis, disse nesta segunda-feira que os Estados Unidos irão saber a trajetória de um míssil disparado pela Coreia do Norte dentro de momentos e que irão interceptá-lo caso o míssil aparente estar indo contra Guam, território norte-americano no Pacífico.
Autoridades dos EUA e o presidente da Coreia do Sul minimizaram nos dias recentes o risco de um conflito iminente, após Washington e Pyongyang trocarem intensas retóricas na semana passada.
Mas Mattis disse a repórteres que guerra pode eclodir caso a Coreia do Norte dispare um míssil contra os Estados Unidos.
"Caso eles dispararem contra os Estados Unidos, isto iria levar à uma guerra muito rapidamente", disse Mattis. Os Estados Unidos saberiam a trajetória de um míssil norte-coreano "dentro de minutos" e caso um míssil esteja avaliado para bater em Guam, "iremos retirá-lo", disse.
O presidente dos EUA, Donald Trump, alertou na semana passada que as forças militares dos EUA estavam "prontas" para caso a Coreia do Norte agisse imprudentemente após ameaçar lançar mísseis para o mar próximo a Guam.
Mattis disse que caso um míssil norte-coreano estivesse seguindo para águas próximas a Guam, ao invés de diretamente para a ilha, então o presidente iria decidir qual ação tomar.
Preocupações de que a Coreia do Norte está perto de alcançar seu objetivo de colocar território dos EUA dentro de alcance de uma arma nuclear aumentaram tensões nos meses recentes.
Tensões na península coreana amenizaram ligeiramente nesta segunda-feira, à medida que o presidente sul-coreano disse que resoluções das ambições nucleares da Coreia do Norte devem ser feitas pacificamente.
"Não deve mais haver guerra na península coreana. Quaisquer altos e baixos que enfrentemos, a situação nuclear da Coreia do Norte deve ser resolvida pacificamente", disse o presidente Moon Jae-in em encontro com assessores seniores e conselheiros.
"Estou certo de que os Estados Unidos irão responder à atual situação calmamente e responsavelmente, em uma posição que é igual à nossa", disse.