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EUA trazem reforços na Síria para acelerar derrota do EI em Raqqa

Porta-voz da coalizão liderada pelos americanos disse que as forças adicionais dos EUA irão trabalhar com parceiros locais na Síria

Combatentes do Estado Islâmico na Síria: esforços para isolar Raqqa podem ser finalizados em poucas semanas (Reuters/Reuters)

Combatentes do Estado Islâmico na Síria: esforços para isolar Raqqa podem ser finalizados em poucas semanas (Reuters/Reuters)

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Reuters

Publicado em 9 de março de 2017 às 11h08.

Beirute - Uma unidade de artilharia da Marinha dos Estados Unidos foi enviada à Síria nos últimos dias para ajudar as forças locais a acelerarem os esforços para derrotar o Estado Islâmico em Raqqa, e a campanha para isolar a cidade está indo "muito, muito bem", disse a coalizão liderada por Washington nesta quinta-feira.

O porta-voz da coalizão, o coronel da Força Aérea norte-americana John Dorrian, disse que as forças adicionais dos EUA irão trabalhar com parceiros locais na Síria --as Forças Democráticas da Síria e a Coalizão Árabe Síria-- e não irão atuar na linha de frente.

O destacamento extra conta com um total de 400 efetivos dos fuzileiros navais e dos comandos do Exército, e se soma aos 500 militares norte-americanos já no país, informou Dorrian.

As Forças Democráticas da Síria, que incluem a milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG, na sigla em curdo), são o principal parceiro dos EUA na guerra contra os insurgentes do Estado Islâmico na Síria. Desde novembro o grupo vem trabalhando com a coalizão encabeçada pelos EUA para circundar Raqqa, o maior bastião urbano dos extremistas em solo sírio.

Nesta semana as forças sírias interditaram a rodovia situada entre a cidade e o enclave dos jihadistas em Deir al-Zor, a última grande estrada partindo de Raqqa.

O Estado Islâmico também está sendo combatido no país pelos militares sírios, com apoio da Rússia, e por grupos rebeldes sírios que lutam sob a bandeira do Exército Livre da Síria, com auxílio da Turquia no norte e da Jordânia no sul.

Dorrian disse que os esforços para isolar Raqqa estão "indo muito, muito bem" e que podem ser finalizados em poucas semanas. "Depois se pode tomar a decisão de entrar", acrescentou.

As forças adicionais chegaram "nos últimos dias", contou ele à Reuters por telefone, e a artilharia irá ajudar a "acelerar a derrota do Estado Islâmico em Raqqa".

"Já tivemos o que eu descreveria como uma campanha aérea praticamente ininterrupta para destruir as capacidades do inimigo e para matar combatentes inimigos naquela área. Isso é algo que iremos continuar e intensificar com esta nova capacidade".

"Estamos falando de 400 forças adicionais ou algo assim no total, e elas irão ficar lá por um período temporário", explicou.

Dorrian disse que os comandos do Exército estão em uma missão diferente perto da cidade Manbij para "criar alguma tranquilidade" para a Turquia e os parceiros norte-americanos na Síria - uma referência às Forças Democráticas da Síria.

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