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EUA transferem 5 presos de Guantánamo

Quatro deles foram levados para Omã e outro para Estônia


	Detento da prisão de Guantánamo: os presos libertados são iemenitas
 (John Moore/Getty Images)

Detento da prisão de Guantánamo: os presos libertados são iemenitas (John Moore/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2015 às 05h37.

Washington - Os Estados Unidos transferiram cinco presos da penitenciária de Guantánamo, em Cuba, quatro deles para Omã e outro para a Estônia, dois países que ainda não tinham recebido nenhum interno dessa prisão, informou nesta quarta-feira o Departamento de Defesa.

Os cinco presos transferidos para Omã e Estônia são iemenitas, a nacionalidade majoritária entre os prisioneiros que ainda estão no centro. Os cinco foram detidos no Paquistão por suposta ligação com a organização terrorista Al Qaeda.

Os prisioneiros enviados a Omã são Al Khadr Abdallah Muhammad Al Yafi, Fadel Hussein Saleh Hentif, Abd Al-Rahman Abdullah Au Shabati, e Mohammed Ahmed Salam, enquanto Akhmed Abdul Qadir foi levado para a Estônia.

Este é mais um passo do governo de Barack Obama em sua estratégia para fechar a prisão, onde ainda permanecem 122 detidos, uma de suas grandes promessas eleitorais de 2008 que ainda não foi cumprida.

O governo Obama trabalha contra o relógio para fechar o centro de detenção nos dois anos de mandato que lhe restam, mas vem enfrentando a oposição ferrenha dos republicanos, que assumiram o controle absoluto do Congresso após as eleições legislativas de novembro.

No último mês, Obama transferiu 20 presos de Guantánamo: os cinco anunciados hoje, outros seis acolhidos pelo Uruguai, quatro repatriados ao Afeganistão e outros cinco enviados ao Cazaquistão.

Após os atentados terroristas em Paris na última semana, a oposição republicana no Senado apresentou um projeto de lei para limitar a autoridade do presidente na hora de decidir sobre a transferência de presos de Guantánamo.

A prisão foi criada no governo de George W. Bush, após os atentados de 11 de setembro de 2001, para abrigar suspeitos de terrorismo e chegou a acolher cerca de 800 detentos, a maioria deles sem acusações. 

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