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EUA tentam cumprir prazo para reunir famílias de imigrantes

Advogados do governo disseram que cerca de 2.500 pessoas separadas dos filhos podem não estar aptas para uma reunificação imediata

Famílias podem permanecer separados por conta da deportação dos pais ou terem ficha criminal (Carlos Barria/Reuters)

Famílias podem permanecer separados por conta da deportação dos pais ou terem ficha criminal (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de julho de 2018 às 11h37.

Última atualização em 26 de julho de 2018 às 11h44.

Apesar de estar se apressando para cumprir um prazo desta quinta-feira para reunificar centenas de crianças imigrantes aos seus pais, o governo dos Estados Unidos reconheceu que centenas de famílias separadas por autoridades de fronteira não serão reunidas imediatamente.

Advogados do governo disseram a um juiz federal de San Diego nesta semana que cerca de 2.500 pessoas que foram separadas dos filhos podem não estar aptas para uma reunificação imediata por já terem sido deportadas, terem dispensado uma reunificação, terem ficha criminal ou não estarem qualificadas por outros motivos.

Já os advogados que trabalham com imigrantes dizem que as ações do governo têm sido caóticas, e na quarta-feira a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) apresentou declarações aos tribunais detalhando as histórias de pais supostamente pressionados a abdicar da reunificação ou assinar documentos de deportação que não entenderam.

O grupo de direitos humanos pediu ao juiz Dana Sabraw, de San Diego, para suspender as deportações de famílias por sete dias depois de elas serem reunidas, dizendo que os advogados precisam de tempo para fazer com que os pais entendam seus direitos e analisem suas opções.

O pedido foi parte de uma ação civil apresentada pela ACLU para questionar a separação de pais e filhos das políticas de "tolerância zero" do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, para deter a imigração ilegal.

Trump ordenou que as separações fossem suspensas em junho, após uma revolta generalizada, e Sabraw ordenou que o governo reunifique as famílias que separou até esta quinta-feira.

Organizações que trabalham com as crianças se queixaram da falta de coordenação nas ações de reunificação, mas mantêm a esperança de que o governo cumprirá o prazo imposto por Sabraw.

"Estamos vendo algumas crianças serem levadas no meio da noite para serem reunificadas", Anthony Enriquez, das Entidades de Caridade Católicas de Nova York, que representam algumas das crianças afetadas.

Lee Gelernt, advogado da ACLU, disse a Sabraw em uma audiência na terça-feira que o processo de reunificação está "uma bagunça", algo que advogados do governo contestaram.

Até segunda-feira autoridades disseram ter reunificado 879 pais aos filhos e identificado 1.634 pais que podem ter direito à reunificação. Números atualizados não foram fornecidos.

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