Plano foi suspenso após a Coreia do Norte anunciar que lançará em abril um satélite com o uso de um foguete de longo alcance (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 21h20.
Washington - As Forças Armadas dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira que suspenderam os esforços para recuperar os corpos dos militares mortos durante a Guerra da Coreia que estão em território norte-coreano devido à atitude provocativa de Pyongyang.
Segundo o porta-voz do Departamento de Defesa, George Little, as operações para resgatar os milhares de soldados desaparecidos no país comunista durante o conflito entre 1950 e 1953 ficaram congeladas após a Coreia do Norte anunciar que lançará em abril um satélite com o uso de um foguete de longo alcance.
'Achamos que a Coreia do Norte não atuou de maneira apropriada recentemente, embora esperamos poder retomar os esforços em algum momento', afirmou Little.
Os Estados Unidos consideram que o lançamento esconde o teste de um míssil de longo alcance, o que transgride resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas
O anúncio do lançamento do satélite ocorreu pouco depois da Coreia do Norte se comprometer com os Estados Unidos a suspender seu programa nuclear em troca de ajuda alimentícia. Em dezembro do ano passado, o líder norte-coreano Kim Jong-il morreu e seu filho, Kim Jong-un, assumiu o poder no país.
'Quando a Coreia do Norte transmite mensagens belicosas contra a Coreia do Sul e se envolve em ações que podem ser consideradas provocações, acreditamos que não é o momento de seguir com nossos esforços' para recuperar os soldados americanos mortos em território norte-coreano.
O reinício do resgate foi acertado em outubro do ano passado e estava previsto que as operações de busca começassem em seguida. A cooperação entre os dois países para a recuperação dos corpos envolvia uma grande contribuição financeira dos EUA para a Coreia do Norte.
Cerca de oito mil soldados americanos que lutaram na Guerra da Coreia ainda não foram localizados e identificados e acredita-se que cerca de 5.300 deles estão na Coreia do Norte.