TRUMP: entre julgamento de recursos na Suprema Corte, encontros presidenciais e comícios, a semana deve ser quente na política dos Estados Unidos / Joe Skipper/Reuters
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2017 às 08h55.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h46.
O verão começa esta semana no hemisfério norte, mas não é por isso que a política americana terá uma semana quente pela frente. Para começar, nesta segunda-feira o presidente Donald Trump recebe o chefe de estado panamenho Juan Carlos Varela na Casa Branca. As conversas entre os dois devem girar em torno de problemas quanto à imigração ilegal para os Estados Unidos, a rota do tráfico de drogas e até mesmo a falta de democracia na Venezuela.
Segundo comunicado veiculado pela Casa Branca, as conversas devem incluir “maneiras de reforçar os fortes laços bilaterais entre os dois países e as prioridades conjuntas na luta contra o crime organizado, bem como as parcerias econômicas e maneiras de resolver o problema venezuelano”. É possível que os dois também conversem sobre o Pacífico, na medida que o Panamá cortou relações comerciais com a ilha de Taiwan e se aproximou da China.
Além do encontro com Varela, Trump fará na semana um comício em Cedar Rapids, Iowa, na quarta-feira — o quinto desde que assumiu a presidência em janeiro. No mesmo dia, o ex-secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, deve depor ao comitê de Inteligência da Câmara sobre a interferência russa nas eleições americanas do ano passado. Como secretário de Obama, Johnson estava no cargo durante o período e pode trazer luz a pontos ainda inconclusivos das investigações. A ver qual será a reação de Trump no comício. Na semana passada ele se complicou ao dizer, no Twitter, que estaria sendo investigado— o que foi negado por seus advogados.
Como se não fosse o suficiente, os ministros da Suprema Corte norte-americana irão julgar os apelos à proibição de viagem de 6 países de maioria muçulmana — uma batalha da administração Trump desde janeiro. A corte pediu para os dois lados apresentarem seus pontos, depois que duas cortes estaduais pediram a anulação do decreto do presidente. Mas, dificilmente, Trump terá boas notícias.