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EUA se preocupam com "atrasos" de referendo na Venezuela

É aguarda a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) confirmando as 200 mil assinaturas necessárias para se ativar o referendo e passar à segunda fase


	John Kirby: "Pedimos ao governo da Venezuela que respeite seus próprios mecanismos constitucionais"
 (Mark Wilson/AFP)

John Kirby: "Pedimos ao governo da Venezuela que respeite seus próprios mecanismos constitucionais" (Mark Wilson/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2016 às 08h33.

Os Estados Unidos expressaram nesta quinta-feira preocupação com os "inesperados atrasos" no processo do referendo revogatório do mandato do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e pediram ao governo daquele país que "respeite seus próprios mecanismos constitucionais".

Washington "permanece preocupado com os desnecessários atrasos no processo de referendo revogatório na Venezuela", declarou o porta-voz do departamento de Estado John Kirby.

A oposição aguarda a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - acusado de servir ao governo chavista - confirmando as 200 mil assinaturas necessárias para se ativar o referendo e passar à segunda fase: o recolhimento de quatro milhões de firmas.

"Pedimos ao governo da Venezuela que respeite seus próprios mecanismos constitucionais e permita que o processo avance sem atrasos, de acordo com a vontade do povo venezuelano", declarou Kirby.

"A Constituição venezuelana garante aos venezuelanos o direito de se manifestar através de um processo de referendo revogatório".

A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, reagiu declarando que "a República Bolivariana da Venezuela rejeita categoricamente as atrevidas declarações do porta-voz John Kirby".

Rodríguez destacou que "a Venezuela espera que, algum dia, o povo americano possa desfrutar de uma democracia genuína ao estilo do protagonismo popular bolivariano".

O CNE anunciou que na próxima segunda-feira analisará a validade das firmas, sem esclarecer se decidirá no mesmo dia sobre a ativação da consulta.

A oposição luta para que o referendo ocorra antes de 10 de janeiro de 2017, pois em caso de derrota de Maduro, ocorrerão novas eleições. A partir desta data assume o vice-presidente, designado pelo presidente.

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