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EUA se mantêm como maior potência militar

Com um orçamento de defesa de US$ 600,4 bilhões em 2013, os Estados Unidos se mantêm como a primeira potência militar do mundo, apesar do auge da China


	Exército dos Estados Unidos: os Estados Unidos lideram o grupo dos 15 primeiros, com um orçamento que praticamente equivale à despesa conjunto do resto
 (Mario Tama/AFP/AFP)

Exército dos Estados Unidos: os Estados Unidos lideram o grupo dos 15 primeiros, com um orçamento que praticamente equivale à despesa conjunto do resto (Mario Tama/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 11h51.

Londres - Com um orçamento de defesa de US$ 600,4 bilhões em 2013, os Estados Unidos se mantêm como a primeira potência militar do mundo, apesar do auge da China e outros países asiáticos, informou nesta quarta-feira o Instituto Internacional para Estudos Estratégicos (IISS, por sua sigla em inglês).

Ao apresentar em Londres seu relatório "O balanço militar 2014", que analisa a despesa e as prioridades de defesa de 171 países, o IISS confirmou que os Estados Unidos lideram o grupo dos 15 primeiros, com um orçamento que praticamente equivale à despesa conjunto do resto.

Assim, por trás dos EUA aparece a China, que no ano passado investiu US$ 112,2 bilhões - que, como seus vizinhos do Japão e Coreia do Sul, aumenta seu orçamento - frente aos US$ 68,2 bilhões da Rússia, em terceira posição.

Em um panorama de cortes nos países ocidentais e especialmente na Europa, na Arábia Saudita, com cerca de US$ 59,6 bilhões de despesa, desbancou o Reino Unido da quarta posição e o relegou à quinta, com um orçamento de US$ 57 bilhões.

O país é seguido por França (US$ 52,4 bilhões); Japão, em sétimo lugar, com US$ 51 bilhões; Alemanha (US$ 44,2 bilhões); a Índia (36,3 bilhões) e pelo Brasil, em décimo lugar com US$ 34,7 bilhões.

Segundo o IISS, a Coreia do Sul estaria em décimo primeiro lugar, com uma despesa de US$ 31,8 bilhões em 2013, seguida da Austrália (US$ 26 bilhões), Itália (US$ 25,2 bilhões), Israel (US$ 18,2 bilhões) e o Irã (US$ 17,7 bilhões).

Apesar do avanço dos países asiáticos, que em 2013 aumentaram seu orçamento em 11,6%, e da Rússia e Arábia Saudita, "EUA continuam sendo a potência preeminente no mundo", assegurou o especialista em forças navais e segurança marítima do instituto, Christian Le Mière.


"Em termos de projeção de poder, os Estados Unidos e seus aliados ocidentais continuarão sendo dominantes pelo menos durante as próximas duas décadas", afirmou em entrevista coletiva.

Segundo o relatório, os países europeus, cujo orçamento de defesa cai 2,5% ao ano desde 2010, serão obrigados a "cooperar" para otimizar seus recursos e manter a influência mundial.

O IISS ressalta que será crucial a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que será realizada em setembro no Reino Unido, onde se analisará o futuro do organismo após o fim das operações no Afeganistão.

"Embora os aliados sejam agora capazes de enviar efetivos e lutar juntos mais eficazmente, em particular como resultado das operações afegãs, manter esse nível de "interoperabilidade" será um desafio em um contexto de redução da despesa", advertiu o presidente, John Chipman.

Chipman disse que os países europeus deverão considerar se podem ou querem ser uma força de intervenção em conflitos e, depois das experiências no Iraque e no Afeganistão, como convencer seus Parlamentos e eleitorados.

O relatório se refere também aos conflitos atuais, em particular ao da Síria, no qual atualmente nenhum grupo "tem uma vantagem decisiva" que lhe permita ganhar a guerra em curto prazo, disse o especialista em forças de terra do instituto, Ben Barry.

Embora o governo do presidente Bashar al Assad "tenha adaptado sua estratégia militar a uma redução de recursos", o regime "não teve uma vitória nos últimos nove meses", diz o documento.

A oposição, fragmentada e infiltrada por grupos extremistas dominados por combatentes estrangeiros, "é incapaz de dar uma guinada decisiva".

"É improvável que se produza uma virada decisiva no campo de batalha em pelo menos seis meses", opinou Barry.

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