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EUA rompem cerco do Estado Islâmico em Sinjar, diz Obama

O presidente explicou que a situação por enquanto não exige mais retiradas em massa de civis, como ocorreu nos dias anteriores


	Yazidi fugindo perto do Monte Sinjar: presidente reiterou apelo por governo "inclusivo"
 (Rodi Said/Reuters)

Yazidi fugindo perto do Monte Sinjar: presidente reiterou apelo por governo "inclusivo" (Rodi Said/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2014 às 19h22.

Martha’s Vineyard (Estados Unidos) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que os ataques aéreos no Iraque permitiram romper o cerco dos jihadistas do Estado Islâmico (EI) ao Monte Sinjar, que ameaçava, segundo ele, a vida de milhares de refugiados yazidis.

"A situação nas montanhas melhorou, e os americanos deveriam estar orgulhosos dos nossos esforços, porque graças à competência e ao profissionalismo dos nossos militares e à generosidade do nosso povo rompemos o cerco do EI no Monte Sinjar e salvamos muitas vidas inocentes", comemorou Obama, acrescentando que o Exército dos EUA continuará os ataques aéreos contra o EI no norte do Iraque.

O presidente explicou que a situação por enquanto não exige mais retiradas em massa de civis, como ocorreu nos dias anteriores.

"Graças a esses esforços, não acreditamos que haja outra operação para retirar civis da montanha e, por isso, é pouco provável que a gente precise prosseguir com a ajuda humanitária (na região)", disse.

Com seu habitual ceticismo em relação ao uso das forças militares norte-americanas no Iraque, Obama autorizou na semana passada os ataques aéreos, alertando sobre o risco de "genocídio" contra a minoria yazidi.

Ele acrescentou que os Estados Unidos continuarão realizando ataques aéreos e que intensificarão a ajuda militar ao governo iraquiano e às forças curdas que lutam contra os combatentes do EI.

"Vamos continuar os ataques aéreos para proteger nosso povo e nossas instalações no Iraque", disse Obama, que havia mencionado anteriormente os riscos para o consulado dos Estados Unidos em Erbil como uma razão para a intervenção militar.

Obama disse que ainda vê uma ameaça para os iraquianos, incluindo os cristãos e os muçulmanos, por parte do EI, que prometeu matar qualquer um que não concorde com o radicalismo islâmico dos combatentes sunitas.

O presidente também reiterou seu apelo por um governo "inclusivo", depois de manifestar seu apoio a Haidar al Abadi, recém designado primeiro-ministro do Iraque e que tenta formar um governo.

Nesta quinta, o Pentágono disse que ainda há entre 4.000 e 5.000 membros da minoria yazidi nas montanhas, onde foram buscar abrigo diante do avanço dos extremistas sunitas.

O grupo de soldados americanos enviados ao local na quarta-feira estimou em algo "entre 4.000 e 5.000" a população que se encontra nessa área, mas "uma parte, talvez 2.000, vive lá e não quer, necessariamente, deixar o lugar", disse o porta-voz do Pentágono, contra-almirante John Kirby.

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