Agência de Notícias
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 14h41.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 15h40.
As autoridades de migração dos Estados Unidos informaram nesta terça-feira, 18, que houve uma redução de 85% nas travessias na fronteira sul com o México durante os primeiros 11 dias do governo de Donald Trump, que tomou posse em 20 de janeiro, em comparação com o mesmo período de 2024.
Sem detalhar o número de travessias, o Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras (CBP) informou em comunicado que durante janeiro houve “uma diminuição significativa nas tentativas de entrar ilegalmente nos EUA após a implementação de novas medidas executivas” por parte do presidente americano.
Desde que o ex-presidente Joe Biden decretou maiores restrições ao asilo nos EUA em junho de 2024, as travessias de fronteira têm diminuído.
Entre 21 e 31 de janeiro, as apreensões da Patrulha de Fronteira ao longo da fronteira sudoeste caíram 85% em comparação com o mesmo período de 2024, acrescentou o CBP.
De acordo com Pete Flores, comissário interino do CBP, a redução nas tentativas de travessias ilegais, junto com um aumento nas repatriações, permitiu que os agentes se concentrassem na vigilância e na fiscalização.
Governo Trump processa Nova York, estado 'santuário' de imigrantesEssa queda é atribuída, de acordo com o CBP, a uma série de novas políticas que acabaram com a prática de “pegar e soltar” imigrantes, assegurando que os estrangeiros sejam detidos e rapidamente retirados do país.
Além disso, o número de pessoas consideradas inadmissíveis nos pontos de entrada da fronteira sudoeste caiu 93% nos 11 dias após 20 de janeiro, em comparação com os 11 dias anteriores, destacou o CBP sem especificar números.
Em dezembro de 2024, o número de apreensões de imigrantes na fronteira sul aumentou levemente, antes da chegada de Trump à Casa Branca.
Naquele mês, as autoridades detectaram um total de 47.300 travessias irregulares vindas do México, um leve aumento em relação a novembro, quando foram registradas cerca de 46 mil.
Enquanto isso, a partir de 20 de janeiro, o governo Trump suspendeu o uso do aplicativo CBP One para agendar compromissos de entrada na fronteira para pedidos de asilo.
A agência também encerrou os programas de permissão humanitária para imigrantes cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos, retornando a um sistema de análise caso a caso.