Sobrevivente de suposto ataque químico na Síria: país autorizou acesso de inspetores da ONU (Mohamed Abdullah /Reuters)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2013 às 13h37.
Washington - O governo de Barack Obama rejeitou a oferta do regime de Bashar al-Assad de fornecer acesso de inspetores da Organização das Nações Unidas (ONU) às áreas afetadas pelos ataques supostamente químicos da semana passada, avaliando que o movimento veio tarde demais para ser confiável.
Os comentários feitos por um alto oficial do governo sinalizaram que a Casa Branca não estava se afastando de um confronto, apesar dos esforços aparentes de Damasco para aliviar as tensões. "Se o governo sírio não tinha nada a esconder e queria provar ao mundo que não usou armas químicas neste incidente, ele teria cessado os ataques na área e dado acesso imediato à ONU cinco dias atrás", disse um alto oficial do governo Obama.
"Na atual conjuntura, a decisão tardia do regime de conceder acesso à equipe da ONU foi tomada tarde demais para ser crível, inclusive porque as evidências disponíveis foram significativamente danificadas, como resultado dos persistentes bombardeios e outras ações intencionais do regime nos últimos cinco dias", acrescentou o oficial.
O funcionário disse que - com base no número de vítimas reportado, nos sintomas relatados das pessoas mortas e feridas e em outras informações - "há muito pouca dúvida, neste momento, que armas químicas foram usadas pelo regime sírio contra os civis neste incidente".
A fonte afirmou que o presidente Barack Obama ainda está avaliando como responder a esse "uso indiscriminado de armas químicas". O Pentágono preparou para a Casa Branca opções militares que incluem ataques de mísseis a alvos do regime, disseram oficiais. As agências de inteligência norte-americanas ainda estão investigando o incidente da semana passada e podem apresentar uma avaliação final para Obama em poucos dias.