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EUA rejeitam eleições na Venezuela em abril e apoiam oposição

Os EUA consideram que o governo de Nicolás Maduro não dá garantias de participação

Venezuela: "Os EUA denunciam a decisão do CNE da Venezuela de adiantar unilateralmente as eleições" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: "Os EUA denunciam a decisão do CNE da Venezuela de adiantar unilateralmente as eleições" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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AFP

Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 21h27.

Os Estados Unidos rejeitaram a realização antecipada de eleições presidenciais na Venezuela, em 22 de abril, por considerar que o governo de Nicolás Maduro não dá garantias de participação, e expressou seu apoio à oposição, que questionou a decisão.

"Os Estados Unidos denunciam a decisão do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela de adiantar unilateralmente as eleições presidenciais sem garantias para assegurar eleições livres, justas e validadas internacionalmente", disse o Departamento de Estado em comunicado.

"Apoiamos a decisão dos partidos de oposição de rejeitar os termos do governo para eleições que não seriam livres nem justas", apontou.

E acrescentou: "é uma pena que o regime de Maduro não seja suficientemente corajoso para participar das eleições em igualdade de condições".

O governo de Donald Trump já havia rechaçado "energicamente" em 24 de janeiro o chamado da governista Assembleia Nacional Constituinte, que rege com poderes absolutos na Venezuela, para eleições antecipadas.

O Departamento de Estado recordou que o chefe da diplomacia americana, Rex Tillerson, já destacou seu apoio ao "direito soberano" do povo venezuelano a "eleições livres, justas e transparentes" durante sua viagem pela América Latina e Caribe, que terminou na quarta-feira.

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, manifestou seu apoio à oposição na Venezuela, em comunicado sobre o fracasso na quarta-feira das conversas com o governo de Maduro em relação às eleições.

"A oposição venezuelana se manteve firme por sua democracia. O acordo proposto pelo governo de Maduro não era sério e está claro que o governo nunca teve a intenção de negociar de boa fé, ou permitir o povo venezuelano ir para eleições livres e justas que quer e merece", disse.

A oposição venezuelana, dividida e com uma crise de liderança, deverá resolver se participará das presidenciais de 22 de abril.

Os adversários de Maduro receberam como um golpe a decisão do poder eleitoral de fixar a data das eleições antecipadas, após naufragar na quarta-feira uma negociação com o governo para censurar esse ponto e as garantias do processo.

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