Os Estados Unidos superaram a barreira dos 10.000 casos de infecção pelo novo coronavírus nesta quinta-feira (19) e registram até o momento 154 mortes por causa da Covid-19, segundo balanço feito pela Universidade Johns Hopkins, dados considerados referência nacional.
As autoridades americanas da saúde indicaram que esperam que o número de casos da doença, que, segundo a universidade, já são estimados em 10.755, aumentem abruptamente nos próximos dias, por causa do aumento do número de testes realizados.
Nos Estados Unidos, o maior número de mortes continua sendo no estado de Washington, onde, em janeiro, foi registrado o primeiro caso do novo coronavírus no país. No entanto, o maior número de contágios no momento se dá em Nova York.
Segundo o balanço, Washington tem 1.187 casos confirmados e 68 mortes, seguido de Nova York (4.152 e 20, respectivamente), Califórnia (870 e 16, respectivamente), Nova Jersey (427 e 5, respectivamente) e Flórida (360 e 9, respectivamente).
Peru
O presidente de Peru, Martín Vizcarra, informou nesta quinta-feira que foram confirmados 89 novos casos de coronavírus, elevando para 234 o total no país, enquanto a população cumpre isolamento social obrigatório e toque de recolher noturno.
Em entrevista no Palácio de Governo, Vizcarra informou que de todos os casos de pessoas com o vírus, 19 estão hospitalizadas e 7 em cuidado intensivo.
"Tivemos um incremento significativo em relação ao dia anterior, mas essa curva de aumento era esperada", disse Vizcarra.
O Peru cumpre seu quarto dia de estado de emergência nacional e de restrição na circulação de pessoas. O governo decretou, na véspera, um toque de recolher noturno para deter o avanço do Covid-19 no país.
Venezuela
A Venezuela confirmou seis recentes casos do novo coronavírus nesta quinta-feira, em um total de 42 casos e o governo do presidente Nicolás Maduro agradeceu à China, sua aliada, por enviar 4 mil kits de diagnóstico para testar a infecção.
O governo de Maduro tem implementando quarentena em toda a Venezuela e restringiu viagens entre Estados, em uma tentativa de conter a epidemia. Nesta quinta-feira, o governo venezuelano disse que os kits chineses de diagnóstico servirão para testar 300 mil venezuelanos.
"Da alma da Venezuela, queremos agradecer à República Popular da China e ao presidente Xi Jinping por essa generosidade", disse a vice-presidente, Delcy Rodriguez, durante um evento televisionado no aeroporto internacional de Caracas para receber o auxílio.
Em uma medida separada para conter a propagação do vírus, a autoridade marítima do INEA (Instituto Nacional dos Espaços Aquáticos, na sigla em espanhol) da Venezuela proibiu tripulações a bordo de navios que atracam nos portos do país de desembarcar, de acordo com um documento de 17 de março visto pela Reuters nesta quinta. A ordem também proíbe novos funcionários de embarcar nos navios-tanque.