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EUA reforçam medidas contra imigrantes sem documentos

Jeff Sessions, procurador-geral dos Estados Unidos, mandou um recado advertiu os imigrantes ilegais dizendo que "esta é uma nova era, esta é a era Trump"

Jeff Sessions: o procurador disse ter escrito hoje a todos os procuradores federais do país para avisar-lhes que o procedimento contra aqueles que violam as leis de imigração é uma prioridade (Kevin Lamarque/Reuters)

Jeff Sessions: o procurador disse ter escrito hoje a todos os procuradores federais do país para avisar-lhes que o procedimento contra aqueles que violam as leis de imigração é uma prioridade (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de abril de 2017 às 19h27.

Tucson - O procurador-geral dos Estados Unidos, Jeff Sessions, anunciou nesta terça-feira que o governo de Donald Trump enviará mais juízes de imigração aos centros de detenção da fronteira com o México e haverá um maior empenho em castigar pessoas sem documentos que reingressarem ao país depois de serem deportadas.

"Para aqueles que continuam tentando entrar de maneira ilegal neste país, estejam advertidos, esta é uma nova era, esta é a era Trump", declarou Sessions durante uma entrevista coletiva na cidade fronteiriça de Nogales, no Arizona.

Com o muro fronteiriço com o México como pano de fundo, o procurador-geral reiterou que o governo Trump manterá uma luta frontal contra a imigração sem documentos, bem como contra organizações criminosas, cartéis de droga e gangues.

"É aqui, ao longo da fronteira, que gangues trasnacionais como a MS-13 e os cartéis internacionais inundam nosso país de droga e deixam morte e violência. E é aqui onde os criminosos sem documentos, os coiotes e os falsificadores de documentos buscam derrotar nosso sistema legal de imigração", completou.

Sessions disse ter escrito hoje a todos os procuradores federais do país para avisar-lhes que o procedimento contra aqueles que violam as leis de imigração é uma prioridade.

Assim, os indocumentados que reingressarem ao país depois de terem sido deportados enfrentarão acusações criminais, se forem constatados certos agravantes, especialmente em casos de pessoas relacionadas com quadrilhas ou que, sob seu ponto de vista, representem um risco para a segurança pública.

Também serão castigados duramente aqueles que traficam pessoas sem documentos, especialmente os que ajudam criminosos e membros de gangues a cruzar a fronteira.

Os procuradores federais poderão ainda apresentar acusações contra os indocumentados pelo uso de documentos falsos ou o roubo de identidade agravado, o que poderia levar-lhes a uma sentença de um mínimo de dois anos de prisão.

Sessions também antecipou que aumentará ainda mais o número de juízes atribuídos a cortes de imigração para reduzir os casos atrasados existentes, que o Transactional Records Access Clearinghouse (TRAC), da Universidade de Syracuse, estimava em 533.909 processos no início do ano.

"Não podemos continuar esperando 18 a 24 meses para ter estes novos juízes, motivo pelo qual hoje estamos anunciado um novo plano para acelerar sua contratação", disse o procurador-geral dos EUA.

Além disso, Sessions destacou o "sucesso" das novas diretrizes migratórias estabelecidas por Trump e ressaltou a redução em 40% do cruzamento de indocumentados de janeiro a fevereiro do atual ano, quando chegaram 18.754 imigrantes, enquanto em março a cifra foi de 12.193, a mais baixa nos últimos 17 anos.

"Isto não é um acidente, isto acontece quando temos um presidente que entende a ameaça e que não tem medo de identificá-la publicamente e enfrentá-la ", concluiu Sessions.

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