Mundo

EUA reduzem número de desaparecidos em deslizamento

Autoridades reduziram o número de desaparecidos no deslizamento de terra ocorrido em uma zona rural do estado de Washington de 176 para 90

Vista aérea do povoado de Oso, em Washington, após deslizamento: a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida (Washington State Department of Transportation/Chris Johnson/Handout via Reuters)

Vista aérea do povoado de Oso, em Washington, após deslizamento: a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida (Washington State Department of Transportation/Chris Johnson/Handout via Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de março de 2014 às 11h18.

Washington - As autoridades dos Estados Unidos reduziram nesta quarta-feira o número de desaparecidos no deslizamento de terra ocorrido em uma zona rural do estado de Washington, na costa oeste do país, de 176 para 90, enquanto a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida e o número de mortos se mantém em 24 desde a última terça-feira.

No final da tarde de hoje, as autoridades do condado de Snohomish, ao qual pertence o povoado de Oso, onde ocorreu o acidente no último sábado, informaram à imprensa sobre o balanço provisório de vítimas no final do quinto dia de buscas e quando diminuem as chances de se encontrar sobreviventes.

O número de mortos oficial até agora é de 24, mas, por enquanto, foram recuperados os corpos de 16 deles, enquanto os outros oito foram apenas localizados.

O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou ontem uma declaração de emergência para acelerar a resposta ao acidente, ocorrido no sábado quando um deslizamento de terra e lama soterrou em poucos segundos 49 imóveis do pequeno povoado de Oso, onde vivem cerca de 200 pessoas e que está a 60 quilômetros de Seattle, uma das principais cidades do país.

Após cinco dias de buscas intensas, o abatimento toma conta das equipes de resgate e dos familiares dos desaparecidos, que, de acordo com declarações recolhidas pela imprensa local, começam a passar da esperança para a aceitação do pior cenário.

A instabilidade do terreno, que está cheio de lama, e a ameaça de novas chuvas complicam os trabalhos de resgate e a estimativa do balanço de vítimas.


Na segunda-feira, em menos de 24 horas, o número oficial de mortos passou de oito para 14 e o de desaparecidos de 18 para 108 e, pouco depois, para 176. Hoje as autoridades reduziram o número de desaparecidos para 90, mas admitiram que a situação de outras 35 pessoas ainda é desconhecida.

A falta de certezas faz com que aumente a angústia entre os familiares e moradores da local, enquanto as autoridades tentam manter as esperanças e insistem que a operação em andamento não é só de recuperação após a catástrofe, mas continua sendo também de resgate.

As autoridades consideram que as fortes chuvas das últimas semanas e a geologia da região foram as principais causas do acidente, que teria consequências menos graves, segundo especialistas consultados pela imprensa local, se houvesse um trabalho de prevenção com a população e se os imóveis fossem construídos com materiais de melhor qualidade.

Apesar de as autoridades terem garantido que o acidente foi "completamente imprevisível", o jornal "Seattle Times" teve acesso a vários relatórios geológicos que advertiam que a área estava em perigo.

Na local do deslizamento, as casas estão distribuídas de maneira muito dispersa no meio da natureza, em muitos casos são imóveis pré-fabricados e, inclusive, trailers, e os moradores têm renda baixa e média.

Apenas metade das casas destruídas eram habitadas permanentemente, já que a população de Oso é variável, um dos fatores que alimentavam até agora as esperanças das autoridades de que o número de desaparecidos incluísse pessoas que não estavam no local no momento do acidente.

A avalanche de lama que soterrou as casas dessa pequena área rural aconteceu no pior horário possível, a manhã de um sábado, já que a maioria das pessoas estavam dentro de suas residências e não no trabalho ou nas escolas, como teria ocorrido em um dia útil.

Os trabalhos de resgate estão dificultados porque o terreno está inundado e ontem um voluntário ficou ferido, mas sem gravidade, devido às duras condições do local. Além disso, há a previsão de novas chuvas fortes que poderiam provocar novos deslizamentos.

Acompanhe tudo sobre:Desastres naturaisDeslizamentosEstados Unidos (EUA)Países ricos

Mais de Mundo

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde

Cristina Kirchner perde aposentadoria vitalícia após condenação por corrupção

Justiça de Nova York multa a casa de leilões Sotheby's em R$ 36 milhões por fraude fiscal

Xi Jinping inaugura megaporto de US$ 1,3 bilhão no Peru