Rex Tillerson: "me congratulo de ver que o regime de Pyongyang certamente tenha demonstrado algum nível de contenção que não tínhamos visto no passado" (Chip Somodevilla/Getty Images)
AFP
Publicado em 23 de agosto de 2017 às 09h40.
O secretário de Estado americano, Rex Tillerson, reconheceu nesta terça-feira que a Coreia do Norte mostrou um "nível de contenção" não realizando testes nucleares ou de mísseis desde que a ONU impôs novas sanções.
O chefe da diplomacia de Washington expressou sua esperança de que isso seja um sinal de que Pyongyang está disposto a negociar com os Estados Unidos "em um futuro próximo".
"Me congratulo de ver que o regime de Pyongyang certamente tenha demonstrado algum nível de contenção que não tínhamos visto no passado", disse Tillerson aos jornalistas em Washington.
"Precisamos ver mais da sua parte, mas quero reconhecer os passos que deu até agora. Acho que é importante ressaltar isso", acrescentou.
As tensões entre Estados Unidos e Coreia do Norte escalaram no mês passado depois que Pyongyang testou dois mísseis de longo alcance que parecem poder atingir cidades americanas.
O presidente americano Donald Trump ameaçou em responder com "fogo e fúria", intensificando os temores de um conflito regional catastrófico, e o Conselho de Segurança de Nações Unidas impôs sanções ao regime norte-coreano.
O líder norte-coreano Kim Jong-Un finalmente decidiu não executar imediatamente o projeto, mas advertindo que a retomada das operações dependia somente do comportamento de Washington.
Tillerson disse nesta terça-feira que é possível continuar avançando.
"Acho que é importante notar que não houve lançamento de mísseis ou atos provocativos por parte da Coreia do Norte desde a adoção unânime da resolução do Conselho de Segurança da ONU", disse o secretário.
Um porta-voz da embaixada chinesa em Washington disse à AFP: "Nós instamos fortemente os EUA a corrigirem imediatamente seu erro, de modo a não impactar a cooperação bilateral em questões relevantes".
"A China se opõe a sanções unilaterais fora do quadro do Conselho de Segurança da ONU".