Soldado: Casa Branca descartou voltar a desdobrar tropas de infantaria para combater no Iraque (Eric Powell / US Navy / Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 9 de setembro de 2014 às 18h35.
Washington - A Força Aérea americana voltou a bombardear nesta terça-feira posições da milícia jihadista do Estado Islâmico (EI) perto da estratégica represa de Haditha, instalação que poderia permitir aos terroristas sunitas inudar povoados ao longo do rio Eufrates.
O Comando Central americano indicou hoje em comunicado que os ataques foram realizados com caças e aviões não tripulados com o alvo de apoiar os avanços das Forças Armadas iraquianas e milícias tribais sunitas contra o EI.
Em cinco ataques aéreos ontem e hoje, os Estados Unidos conseguiram neutralizar 12 veículos do EI, oito deles armados e, destes, dois dotados com artilharia antiaérea.
Os Estados Unidos bombardeiam os arredores da represa de Haditha, a segunda maior do país, desde sábado para evitar que caia em mãos dos jihadistas sunitas, que poderiam utilizá-la para inundar localidades rio abaixo e controlar uma importante fonte de eletricidade.
Com as novas missões, já chegam a 153 os ataques aéreos dos Estados Unidos no Iraque no último mês, depois que a ofensiva tivesse centrado até o fim de semana passado em Mossul, a segunda cidade iraquiana e tomada por surpresa em junho pelo EI, e arredores de Erbil, capital do Curdistão iraquiano e base de operações para o Pentágono e o Departamento de Estado.
Além disso, os Estados Unidos sobrevoaram território tomado pelos jihadistas sunitas do EI para lançar ajuda humanitária em Amerli e Sinjar, onde as minorias turcomana e yazidi, respectivamente, estavam sendo massacradas e acossadas pelos islamitas.
O presidente americano, Barack Obama, anunciará amanhã um plano para acabar com os jihadistas do EI e seu controle sobre grande extensões da Síria e Iraque, que o transformaram no grupo terrorista islamita melhor financiado da história.
Espera-se que Obama anuncie em horário de máxima audiência a extensão dos bombardeios aéreos sobre posições do EI para permitir que as forças iraquianas, curdas e milícias tribais aliadas recuperem o terreno perdido.
A Casa Branca descartou que irá a voltar a desdobrar tropas de infantaria para combater no Iraque, depois que abandonaram esse país no final de 2011.